Sejam bem vindos à Universidade de Verão de 2009.
Sejam todos bem vindos mas permitam-me uma saudação especial ao Presidente do Instituto Francisco Sá Carneiro, Dr. Alexandre Relvas cuja presença agradeço, o Presidente da JSD, Pedro Rodrigues, com uma contribuição essencial na organização desta Universidade, o Secretário Geral Adjunto, José Matos Rosa a quem se deve a localização da Universidade de Verão em Castelo de Vide, o Director Adjunto Duarte Marques, a Joana que representa o conjunto dos Conselheiros e dos Avaliadores.
Gostaria de assinalar a presença na sala do Sr. Presidente da Câmara Municipal de Castelo de Vide que iremos saudar de forma especial no Jantar Formal de Abertura e também do Presidente da Comissão Política Distrital de Portalegre.
Meus caros amigos, estamos na Universidade de 2009. E as pessoas que estão cá, a maior parte não se conheciam, mas já se revelaram um pouco no Quem é Quem que está nas vossas pastas.
O Quem é Quem é uma forma simples de dizermos um pouco de nós, o que somos, o que sentimos, o que gostamos mais. Este exercício de abertura foi feito por vocês no vosso processo de candidatura, foi feito por nós, na organização e é um exercício que pedimos a todos os oradores que vêm falar connosco. É uma forma de partilhar o que somos e o que queremos e de nos conhecermos um pouco melhor uns aos outros.
Quem está cá na Universidade de Verão – vocês – resultaram de um processo de candidatura e esta é a primeira coisa que gostaria de sublinhar, não é fácil nós candidatarmo-nos porque um processo de candidatura tem sempre dois resultados: Podemos ser aceites ou não ser aceites.
É preciso, pois, alguma humildade e muita vontade quando alguém se candidata.
Vocês foram seleccionados na sequência de um processo que é o que menos gosto de fazer na Universidade de Verão. É uma responsabilidade que partilho com outras pessoas: é um júri. É um processo de selecção curricular. Tentamos com os vossos currículos e as vossas fichas de candidatura tentar imaginar um pouco quem são e do que é que são capazes e matizar as nossas preferências com critérios de equilíbrio etário, regional e sexual.
E tenho à minha frente o resultado dessa selecção. Não sabemos se acertámos ou se não acertámos. Podemos ser criticados pelas escolhas que fizemos. A nossa convicção é que escolhemos os melhores. Portanto olhamos para vocês como uma autêntica selecção nacional. Vocês são a nossa selecção nacional. Para o bem ou para o mal são a selecção que nós escolhemos e queremos acreditar que vocês são mesmo os melhores daqueles que se candidataram.
E vão reparar que ao longo desta Universidade vamos tratar-vos como uma selecção nacional.
Com a qualidade dos oradores que convidámos para estarem convosco, com inúmeros detalhes de organização que estão pensados. Estão pensados para uma elite de jovens que temos aqui em 2009.
Mais à frente referirei alguns desses pormenores.
Quero ir agora à parte chata. Há muitas regras nesta Universidade. Têm, na vossa pasta de documentação uma brochura com as regras. Há regras para tudo: Há regras para os Jantares, há regras para as Conferências, há regras para os Temas, há regras para os Grupos de Trabalho. Não são regras complicadas e são regras que fazem sentido. Mas há 5 regras mais importantes que as outras: são as 5 regras principais: a primeira é ter vontade. Ninguém está aqui obrigado. Quem está aqui foi porque quis vir e candidatou-se. Ter vontade é a 1ª regra nesta Universidade de Verão.
A 2ª é querer saber mais.
Diz-se que a curiosidade intelectual é um sinal de inteligência. Os espíritos inquietos querem sempre saber mais. Querer saber mais deve ser uma marca daqueles que estão nesta Universidade.
A 3ª é ser pontual. Uma coisa que ninguém percebeu desde 2003: é como é que os jovens social democratas eram capazes de dar uma lição ao país. O nosso país tem um problema de falta de competitividade. E grande parte desse problema de competitividade tem a haver com a falta de respeito pelos horários. Na nossa Universidade 10H não são 10H e meia, não são 10H20, não são 10H15, não são 10H10 nem sequer são 10H05. 10 horas são 10 horas.
Tudo começa e acaba à hora, ao minuto, ao segundo só é possível com a vossa colaboração. Peço-vos o mesmo que pedi com sucesso em 2003, em 2004, em 2005, em 2006, em 2007 e em 2008. Porque em 2009 é a sétima edição consecutiva da Universidade de Verão: que os jovens social democratas provem ao país que é possível sermos diferentes, é possível cumprir horários, é possível sermos rigorosos.
Em 4º lugar é ser solidário com os colegas do Grupo de Trabalho, com todos os participantes da Universidade de Verão. Somos uma família e devemos ter expressão de solidariedade entre nós.
E há uma questão de actualidade que é expressão dessa solidariedade. Nós vivemos uma ameaça de saúde que os especialistas dizem que se pode transformar numa pandemia. Cada um de nós vem de sítios diferentes no país. O que vos pedimos é que, se algum de nós tiver algum sintoma gripal que nos diga logo para que nós, com as autoridades de saúde pública de Castelo de Vide, possamos impedir um contágio generalizado que nenhum de nós deseja.
A quinta e última regra é ser construtivo. Não hesitem em dar-me a mim ou aos vossos Conselheiros as vossas sugestões, as vossas opiniões que consideram puder melhorar o funcionamento da nossa Universidade.
O nosso modelo de trabalho é um modelo simples. Quase todos os dias têm a mesma lógica. Começamos às 10H00 (às 10H e 0 minutos). Convido-vos a tomar o pequeno-almoço mais cedo e entrarem na sala um pouco antes das 10H00 para às 10H00 começarmos os nossos trabalhos e, o mais tardar acabar às 12H30. Não há derrapagens. Às 12H30 acaba aconteça o que acontecer. Pode até acabar um bocadinho mais cedo mas, no limite acaba às 12H30.
O almoço é à uma hora e às 14H30 com termo às 17H00, o mais tardar temos o segundo Tema do dia.
Temos um lanche servido lá em cima no primeiro andar na zona do restaurante entre as 5H e as 5H30 e às 17H30 temos Trabalhos de Grupo.
Se trabalharem bem às 19H00 estão libertados. Se tiverem uma derrapagem peço-vos que terminem os vossos trabalhos às 19H30, para terem uma pausa entre o Trabalho de Grupo e o Jantar - Conferência que começa rigorosamente às 20H00.
O vosso dia de amanhã que corresponde a este registo tem o Dr. Miguel Monjardino às 10H00 sobre Relações Internacionais. O Prof. António Borges, sobre Economia, às 14H30, os Trabalhos de Grupo às 17H30 e o Dr. Marques Mendes com o Jantar – Conferência às 20H00.
Este será o dia de amanhã.
Esta Universidade é interactiva, tem a Intranet e o acesso à Internet através de uma rede sem fios aqui no R/ch e no 1º andar na zona do restaurante. Podem fazê-lo através dos vossos computadores portáteis ou através dos computadores comuns que estão disponíveis no 1º andar à entrada da sala do restaurante.
Podem aceder à Intranet através deste endereço que vêem no ecrã. Se desejarem entrar na vossa área privada, que é a área que vos permite participar com o vosso nome e as vossas propostas, têm de entrar com a password que vos foi dada em envelope fechado quando fizeram a vossa credenciação.
Essa password garante que aquilo que é feito em vosso nome na Intranet é mesmo fruto, expressão da vossa vontade e não a brincadeira de um colega que quer meter na vossa boca, melhor, nos vossos dedos, palavras que vocês não queiram digitar.
A interactividade da Universidade de Verão é também assegurada por um jornal diário que é o JUV o Jornal da Universidade de Verão. Já têm nas vossas pastas, a edição de boas vindas, o nº “0”, amanhã sairá o nº 1 e depois, todos os dias até ao último dia da Universidade.
Quem faz o JUV é o Paulo Colaço, o Júlio Pisa, o José Baptista e vários outros membros da organização mas, na prática quem vai fazer o JUV são vocês. Vocês vão ser solicitados quer através dos vossos grupos, quer individualmente a colaborar com o JUV.
Já vamos ver mais à frente como é que essa colaboração pode ser feita mas, desde logo, duas mensagens: respondam às entrevistas que os repórteres dos JUV vos vão fazer, quer os do JUV, quer os da UVTV de que vos falarei mais à frente, e cada Grupo como ficaram a saber logo à noite, terá a responsabilidade de assegurar uma página do JUV durante a semana, é o que chamamos You JUV a vossa página especial no órgãos oficial da Universidade de Verão, a despeito de todos os outros devem contar com a vossa participação.
A interactividade é também assegurada por concursos não obrigatórios. O que é que são os concursos não obrigatórios?
O primeiro é “Uma Pergunta para”. Vocês todos os dias poderão fazê-lo através da Intranet ou através dos impressos que vos são distribuídos todos os dias. Hoje já vos foram distribuídos 2 impressos: um para o Dr. Alexandre Relvas e outro para o Dr. Pedro Rodrigues. Vocês sabem que esta faculdade já tinha sido aberta antes. Recebemos algumas perguntas por e-mail mas aqueles que o não fizeram têm uma última oportunidade para fazer perguntas ao Presidente da JSD e ao Presidente do Instituto Francisco Sá Carneiro.
Essas perguntas são recolhidas por nós à saída desta sessão formal de abertura.
Dessas perguntas, os nossos convidados escolheram 2 a que responderão e quer as perguntas, quer as respostas serão publicadas no JUV.
Pedro Rodrigues, o Presidente da JSD, como vai estar connosco toda a semana, vai através da Intranet, responder a todas as perguntas e não apenas as duas inicialmente seleccionadas. Portanto, todas as perguntas que lhe fizerem serão respondidas ao longo da semana.
Mas os outros convidados só respondem quando cá estão, e portanto, só respondem a duas.
Todos os dias vocês vão ter oportunidade de fazer perguntas por escrito à personalidade que é o nosso convidado para o jantar (amanhã será Marques Mendes, depois Suzana Toscano, Rui Rio, Paula Teixeira da Cruz e finalmente Pedro Santana Lopes) e as pessoas à distância, ou seja, personalidades que não estão aqui na Universidade de Verão mas que vão receber as vossas perguntas à distancia, vão seleccionar duas e vão responder através do JUV.
As primeiras que receberão amanhã de manhã serão para o Prof. João de Deus Pinheiro e o Dr. Durão Barroso e as outras vão conhecendo ao longo dos dias.
Trata-se de uma contribuição não obrigatória: podem fazê-lo, convido-os a que usem essa capacidade.
Peço-vos que não fiquem tristes os que não forem seleccionados. Não é uma selecção da nossa responsabilidade. São os nossos convidados que dizem quais são as perguntas a que querem responder. São perguntas curtas para respostas curtas. O JUV tem uma limitação de espaço. Portanto se fizerem perguntas que exijam respostas muito complexas e longas, já sabem que é menos provável que essas perguntas sejam seleccionadas.
Depois têm a oportunidade de fazer sugestões. Mais uma vez convido-vos a usarem a Intranet, mas se não quiserem usar a Intranet, podem usar os vossos impressos que têm na vossa pasta.
As Sugestões podem ser assinadas ou podem ser anónimas. Se quiserem fazer Sugestões anónimas, devem recolher um impresso que não contenha o vosso nome (já têm alguns na vossa pastas de documentação, mas podem sempre levantar mais junto da organização) dobram em 4 e depositam nas urnas juntamente com o vosso voto de avaliação da sessão que já explicarei mais à frente como irá funcionar.
O que são as Sugestões? As Sugestões são todas as ideias que vocês têm de como é que podemos melhorar a Universidade de Verão. Pormenores que vocês vêem e dizem se fosse eu a fazer, fazia diferente, fazia melhor. Eu prometo-vos que respondo a todas as Sugestões on-line durante a Universidade de Verão. Isto é, todas as vossas Sugestões serão respondidas por mim, algumas adoptando-as, outras (de que discorde), explicando porque não concordo, e aquelas com que concordo mas que já não temos possibilidade de adoptar nesta edição, ficarão como propostas para adoptar na Univ. 2010.
A última participação não obrigatória é o “Achei Curioso”. O que é o “Achei Curioso”? É um concurso de opinião. Vocês acharam curioso algo que se passou na Universidade de Verão, algo que vos não tinha passado pela cabeça, pode ser um aparte, pode ser uma intervenção, pode ser uma personalidade convidada, um pormenor da organização, algo que vos chamou à atenção ou que acharam invulgar. Devem registar o “Achei Curioso” ou através da Intranet registando directamente nos computadores ou utilizando os impressos de que dispõem e o JUV vai seleccionar alguns “Achei Curiosos” para publicar no JUV.
Vocês podem fazê-lo no decorrer de toda a Universidade mas de forma a que possa ter efeito útil no dia, há alguns prazos a respeitar: As sugestões não têm prazo, podem fazê-las a todo o momento, as Perguntas devem entregar até ao final da sessão da manhã, até à 1H00, de forma a que possamos enviar as perguntas para quem responde à distância (e alguns estão muito longe), essas personalidades têm que seleccionar, têm de responder e têm de nos enviar a tempo de as incluirmos na edição do JUV que está a ser preparado nessa noite. Portanto as Perguntas até às 13H00.
Os “Achei Curiosos” podem enviar sempre mas todos os dias até às 17H30, vê os que existem e fará a sua selecção para publicarem na edição desse dia.
Como vos disse, para nós, vocês são uma selecção nacional, são uma elite de jovens quadros, não estão fechados em Castelo de Vide. Têm o direito e tem o dever de saber o que acontece lá fora: em Portugal, na Europa e no Mundo.
Por isso, todos os dias vão ter uma Revista de Imprensa feita pelo José Baptista de que já receberam uma primeira edição.
Quando entrarem na sala de manhã, terão um power point com os principais destaques desse dia, da Imprensa nacional, da imprensa internacional e da blogosfera e terão ao final da manhã a Revista de Imprensa em papel. Ela será também editada em formato digital e colocada na intranet para os que preferem consultá-la dessa forma ou até mesmo fazer o respectivo download.
Existe também algo que criámos o ano passado: a UVTV. É um canal de televisão interno. A UVTV corre nos vossos quartos. Podem ligar o canal da UVTV e ver o que se está a passar. Todos os dias há 2 filmes-resumo.
Um filme mais centrado nas intervenções e outro mais centrado no que está para lá das intervenções. São dois filmes de 3 minutos. Os que chegaram mais cedo provavelmente já viram um filme de boas vindas com alguns aspectos mais curiosos da organização da Universidade de Verão.
Depois de vos ter falado das participações não obrigatórias, queria agora falar-lhes das participações obrigatórias.
Vocês vão ter em todos os Temas, uma folha de avaliação. Uma avaliação feita por voto secreto, portanto anónima, em que pedimos para serem o mais sinceros possível.
Queremos a vossa opinião em nove parâmetros de avaliação: 3 sobre o tema, 3 sobre o orador e 3 sobre a logística.
Vamos pedir-vos que digam sobre o tema se ele é importante, se ele foi interessante e se trouxe novidades?
Queremos que digam sobre os oradores se ele sabia da matéria? Se transmitiu bem? E se vos pôs à vontade?
E queremos sobre a organização saber como é que avaliaram os textos de apoio, a qualidade dos suportes audiovisuais e o tempo que dedicamos a esse tema. Peço-vos para serem sérios, é uma votação anónima e ninguém sabe o que cada um está a dizer, mas a vossa avaliação permite melhorarmos a nossa Universidade de Verão. E peço-vos para não cederem à avaliação por simpatia. O que é isso de uma avaliação por simpatia? É quando contaminam uma avaliação por simpatia.
Deixem dar-vos 2 exemplos concretos: Na 1ª pergunta se o Tema é importante, é irrelevante, se o tema foi ou não bem dado. A aula pode ter sido um desastre mas o Tema, em si, ser importante. Imaginem que o Tema que eu vou dar (juntamente com o Rodrigo Moita de Deus), é uma tragédia, vocês vão detestar tudo o que eu e o Rodrigo vos vamos dizer. Porque foi atabalhoado, porque estivemos mal, porque gaguejámos, porque dissemos o que vocês já sabiam, vocês detestaram na avaliação. Na pergunta “Se foi interessante” devem pôr 1 foi péssimo (o 5 é muito bom o 4 é bom o 3 é suficiente o 2 é medíocre e o 1 é mau. Esta é a escala de avaliação em tudo o que fizermos na Universidade de Verão). Mas vocês podem achar que uma aula sobre comunicação faz sentido e portanto não devem contaminar a vossa avaliação sobre a importância do tema em função da eficácia com que ele foi transmitido. Eu até diria que esse primeiro quesito é a primeira coisa que vocês devem avaliar antes de ouvir o tema. Assim que chegam avaliam logo a importância e só os outros quesitos é que avaliam depois de ouvirem o tema. Dou-vos outro exemplo, o Engenheiro Carlos Pimenta esteve cá há alguns anos e fez uma intervenção fabulosa, toda a gente adorou o Engenheiro Carlos Pimenta, foi de facto uma excelente intervenção. Na avaliação dos textos de apoio, a média dos vossos colegas foi 3,2 portanto, a roçar o suficiente. Não seria mau se o Engenheiro Carlos Pimenta, tivesse dado algum texto de apoio mas, não deu texto de apoio nenhum. Portanto em bom rigor a avaliação dos textos de apoio devia ter sido 1 e as pessoas não deviam ter tido nenhum rebuço em dar-lhe 1 porque, ao avaliar os textos de apoio não estamos a avaliar o orador estamos a avaliar os textos de apoio. É isso que vos peço para não fazerem contágios por simpatia. Vejam cada quesito pelo valor intrínseco e dêem a resposta que acham que devem dar 5- muito bom, 4- bom, 3- suficiente, 2- medíocre, 1- mau. Também outra participação obrigatória é preencher este impresso em cada tema, “o que é que aprenderam”. Peço-vos que dêem 3 coisas, duas… uma.
E se não aprenderam nada de novo, não preencham o impresso, dobrem-no e depositam na urna porque o voto é obrigatório.
Lá para o meio da Universidade de Verão vão olhar para nós com raiva por ter tantos impressos para preencher. Vão achar que é uma carga burocrática excessiva. Não se trata disso. Trata-se que a vossa opinião é importante para nós. É importante para nós sabermos o que nos ficou na memória. O que é que acharam mais importante, quais foram os conteúdos, os conceitos que fizeram a diferença. Isso é muito importante para melhorarmos as próximas edições. Porque meus caros amigos, mal ou bem, gostem ou não gostem, esta Universidade de Verão 2009 que vocês vão viver não tem nada a ver com a Universidade de Verão que os vossos colegas viveram em 2003.
Ao longo dos anos com a avaliação dos vossos colegas nós fomos melhorando e mudando sempre alguma coisa.
Todos os anos incluímos novidades e isso quase sempre resulta da opinião dos participantes.
É por isso que, no último dia, o último esforço que vos vamos pedir é um esforço de avaliação. Vão avaliar durante toda a Universidade, momento a momento, Tema a Tema, dia a dia, mas vão fazer uma avaliação mais pesada no último dia. Essa avaliação é muito importante. É com essa avaçiação que nós esperamos desenhar e construir uma Universidade de Verão 2010 ainda melhor do que esta que tentámos preparar para vocês em 2009.
Meus caros amigos, concluo dizendo o seguinte:
Esta Universidade ocorre num momento em que há eleições. Isso vai fazer com que, para o mal ou para o bem, haja mais atenção sobre nós. Sobre esta Universidade de Verão vão cair mais olhares, mais atenção mediática do que era comum em anteriores edições da Universidade de Verão.
Isso tem, como tudo na vida, aspectos positivos e aspectos negativos. Em qualquer circunstância eu gostaria que todos nós, todos vós, dessem o melhor exemplo no funcionamento desta Universidade. Que aqueles que nos estão a acompanhar à distância, percebam que os jovens social democratas não estão a fazer turismo uma semana em Castelo de Vide. Que aqueles que estão à distância a olhar para nós percebam que estamos a fazer um trabalho sério de qualificação de quadros políticos. Que aqueles que estão lá fora a olhar para nós percebam que também nisso, nós fazemos a diferença relativamente a outras famílias políticas e a outras organizações. E queremos que vocês saiam daqui com algo mais.
Podem não aprender muitas coisas novas, podem sair com algumas ideias diferentes, mas gostaria que saíssem com um fogo especial.
Os que estão aqui são muito diferentes, têm idades diferentes, vêm de partes diferentes do país e têm sexos diferentes (presumo, tanto quanto estou a ver aqui à minha frente), uns têm passado estudantil, são ou foram dirigentes associativos, outros não. Outros são autarcas, outros querem sê-lo, outros nunca pensaram nisso, outros têm presença activa no PSD ou na Jota, outros estão muito longe da participação partidária.
Queremos que todos saiam daqui com a vontade reforçada de fazer intervenção cívica e política, mais informada, mais atenta, mais eficaz.
E para o fazerem há concerteza muitas qualidades mas eu gostaria de sublinhar 3 requisitos essenciais: 1º é ter vontade. Quando nós queremos mesmo, quando temos mesmo vontade, temos criatividade suficiente para atingir os nossos objectivos.
Não há obstáculos à nossa frente, encontramos soluções.
A segunda é retirada de um conceito novo, o conceito de pegada ecológica. Vocês já ouviram falar o que é pegada ecológica? Considerada área do terreno produtivo necessário para sustentar o nosso estilo de vida. Dizem que se somarem as pegadas ecológicas dos cidadãos todos e chegarmos à conclusão de que isso dá um valor superior à superfície da terra significa que o nosso modelo de desenvolvimento não é sustentável. A pegada ecológica significa que o nosso modelo de vida, que o nosso modelo de desenvolvimento tem custos para o planeta. Nós deixamos uma marca no planeta pelo facto de existirmos e consumirmos.
Na política também há uma pegada política. Nós não queremos passar indiferentes, quando passamos na vida deixamos a nossa marca, com os outros que nos rodeiam, com aqueles que nos conhecem. Não é mau deixar marcas na vida, é bom! Mas é bom se as marcas forem boas, se dermos boas pegadas isso é bom. Se deixarmos pegadas más isso é mau. A diferença entre a boa pegada e a má pegada é a forma como nós fazemos política. É necessária vontade, mas é necessária também competência.”
“E o terceiro requisito é um requisito que já recordámos na universidade de Verão o ano passado, citando Francisco Sá Carneiro quando ele dizia que a política sem risco é uma chatice mas sem ética é uma vergonha. A ética é a terceira característica que nós devemos ter a fazer política. Vontade, competência, ética porque o nosso compromisso na política é com os outros. Eu gosto muito de recordar um livro, de uma liberal inglesa Shirley Williams, que escreveu um livro dizendo “a política é para as pessoas”. E a política a sério é para as pessoas. O que nos deve interessar são as pessoas, o seu bem-estar, a sua segurança, as suas necessidades, o seu desenvolvimento, a sua felicidade. Se tivermos isso presente vamos deixar boas pegadas na política. Que sejam felizes na Universidade de 2009!!
(aplausos)