Sra. Presidente do PSD, Sr. Presidente da JSD, Sr. Vice-Presidente do Partido, Sr. Secretário-Geral do Partido, Srs. Deputados, Srs. Presidentes de Câmaras, Srs. Autarcas, Srs. Candidatos, minhas senhoras e meus senhores. Esta é a sessão de encerramento da sétima edição da Universidade de Verão Francisco Sá Carneiro. Temos justificado orgulho no continuado e sustentado investimento na formação política de jovens quadros. Somos a única família política que o tem feito sistematicamente. Durante uma semana, 100 jovens concentram-se em questões ligadas à economia, à ciência política, ao ambiente, à comunicação, às questões sociais, às relações internacionais entre muitos outros temas. Queria agradecer em primeiro lugar ao Instituto Sá Carneiro e aos seus patrocinadores que tornaram possível esta edição, queria agradecer a todos os que partilharam connosco o seu saber, aqueles que fazem parte da nossa família política, aqueles que fazem parte de outras famílias políticas e os independentes que também estiveram connosco: Miguel Monjardino, António Borges, Rodrigo Moita de Deus, Paulo Rangel, Manuel Lemos, Macário Correia, Sérgio Machado dos Santos, Alberto Amaral, Marcelo Rebelo de Sousa. Quero agradecer também aqueles que estiveram connosco nos jantares conferência: Luís Marques Mendes, Susana Toscano, Rui Rio, Paula Teixeira da Cruz, Pedro Santana Lopes. E quero agradecer aqueles que participaram à distância respondendo às perguntas dos jovens da Universidade de Verão: Leonor Beleza, Durão Barroso, João Deus Pinheiro, Miguel Relvas, Hermínio Loureiro. Fizemos isto tudo numa semana, aulas, jantares-conferência, trabalhos de grupo, Jornal da Universidade de Verão, U.V-T.V., uma semana de trabalho incansável onde 100 jovens da JSD e independentes deram ao país um excelente exemplo prova de rigor, seriedade, capacidade, criatividade. Quero-vos dizer sinceramente, o sucesso desta Universidade de Verão deve-se a vocês. Muito obrigado pelo exemplo que deram! (palmas)
E uma confissão pessoal, em sete anos nada me tocou tanto como a vossa interpretação do clube dos poetas mortos “… oh captain, my captain …” (palmas) JSD, JSD, JSD, … (palmas).
Eu e o Duarte Marques, director adjunto da Universidade, queremos agradecer o vosso empenho, o empenho da JSD de quem ele é também vice-presidente e particularmente o empenho do Pedro Rodrigues que acompanha tudo na Universidade, desde a concepção até á sua realização, e à melhor equipa do mundo que é a equipa da Universidade de Verão no JUV, na U.V.-T.V., na revista de imprensa, na rede informática, na internet, no som, no vídeo, no apoio, na equipa dos conselheiros e dos avaliadores, todos com grande voluntariado e generosidade, muito e muito obrigado. (palmas)
Não vamos perder o contacto, vamos finalmente fazer algo que os vossos colegas de Universidades anteriores de há 3 anos vêem pedindo. Vamos abrir formalmente a comunidade WWW.REDEUV.COM, para manter contactos… (palmas) … para manter contactos, para trocar ideias, para alimentar nos fóruns debate. Todos os que passam na Universidade de Verão sabem que os laços humanos que aqui forjamos são reais. Vamos projectá-los na família virtual da Universidade de Verão a partir daqui.
Dra. Manuela Ferreira Leite, os últimos são os primeiros, as minhas últimas palavras são para si. Eu tenho dois agradecimentos sinceros a fazer-lhe, o primeiro para revelar algo a todos que aqui estão: ponderou-se não fazermos esta Universidade de Verão. Vamos ser sinceros, estamos a um mês de eleições legislativas, se calhar teria sido mais simples e mais cómodo não fazer a Universidade. Estiveram várias hipóteses em cima da mesa: reduzir o evento, descaracterizá-lo, transformá-lo numa acção de propaganda ou anular a sua realizaçãopura e simples. Quem tomou a decisão de manter a Universidade de Verão com o seu espírito e a sua estrutura foi a Dra. Manuela Ferreira Leite. (palmas)
Com essa decisão Sra. Dra., a Sra. vincou a sua prioridade na formação política e no investimento nos jovens portugueses. Mas há um segundo agradecimento que tenho que fazer á Presidente do PSD. De acordo com a tradição, esta colaboração Instituto Sá Carneiro, JSD e PSD leva a que a cortesia, a última decisão sobre os oradores seja do Presidente do Partido. Foi sempre assim em todas as edições. E vamos ser claros, a um mês das eleições legislativas, podiam ter sido feitas escolhas mais alinhadas, era uma tentação fácil e se calhar compreensível. A Dra. Manuela ao escolher a diversidade, honrou a pluralidade da nossa família política, valorizou a nossa iniciativa pedagógica e permitiu um debate livre e enriquecedor. Para quem a conhece, sabe que este é o seu estilo. No momento de ouvir é plural, no momento de decidir é firme e determinada. Muito obrigado. (palmas)
Termino dizendo Dra. Manuela, é com muito prazer que a temos entre nós, mas queremos tê-la em 2010 para então termos a encerrar a Universidade de Verão não apenas a Presidente do PSD mas também a Primeira-Ministra de Portugal. (palmas) … PSD, PSD, PSD … (palmas)
Pedro Rodrigues
Excelentíssima Sra. presidente do PSD e futura Primeira-Ministra de Portugal Dra. Manuela Ferreira Leite, Excelentíssimo Magnífico Reitor da Universidade de Verão meu querido amigoCarlos Coelho, excelentíssimo Secretário-geral, Srs. Vice-presidentes, Srs. Deputados e permitam-me que entre os deputados destaque a nossa Deputada, a Deputada Ana Zita Gomes. (palmas)
E destaco a Ana Zita para lhe deixar aqui hoje uma palavra no sentido de agradecimento e reconhecimento por tudo quanto fez não só pela JSD mas tudo quanto fez pela juventude português no parlamento nacional. Nós não precisamos de 8 deputados, precisamos é de deputados que saibam o que é importante para a juventude portuguesa e a Zita sempre o soube e sempre nos demonstrou o que é defender a juventude portuguesa. Muito Obrigado. (palmas) Caros…, caros amigos, caros companheiros, a minha primeira palavra é obviamente para todos vocês. Vocês abdicaram de uma semana das vossas férias não para fazerem aquilo que os jovens da JS foram fazer, vocês abdicaram de uma semana das vossas férias para estarem connosco aqui em Castelo de Vide a discutir e a reflectir sobre os grandes desafios que se colocam á nossa geração. Enquanto os jovens da JS foram para uma praia fazer campismo e dançar ao som da música do Eng. Sócrates. É isso que nos distingue. Nós somos mesmo diferentes. (palmas)
E queria por isso, e queria por isso dar-vos uma palavra de agradecimento e de reconhecimento. É esta a geração em que eu acredito, é esta a juventude em que eu acredito. A juventude que trabalha com rigor, com qualidade, com espírito de sacrifício e de exigência, porque para nós, os assuntos que interessam ao país são assuntos que nos interessam a nós. Para nós a formação política é para levar a sério. A formação política não é como no Partido Socialista, para mero exercício eleitoralista ou de oportunismo político. Para nós, a formação é um assunto sério. Porque é com jovens como vocês, jovens dedicados, empenhados e preparados que se renova a classe política em Portugal e se credibiliza o sistema político em Portugal. Muito obrigado por tudo quanto fizeram esta semana … (palmas), mas se é possível estarmos aqui em Castelo de Vide pela sétima vez com esta excelência e com esta qualidade, isso tem uma palavra, uma palavra e um nome: palavra é qualidade e rigor, o nome é Carlos Coelho. (palmas)
O Carlos, o Carlos Coelho é um exemplo e um referencial para a juventude social-democrata e esta é a chave e o sucesso da Universidade de Verão. Obrigado por tudo quanto nos tens ensinado mas sobretudo obrigado por tudo o que tens dado à formação política em Portugal. (palmas)
Mas, caros amigos e caros companheiros, durante esta semana o PSD, o Instituto Sá Carneiro e a JSD investiram em vocês. Investimos porque acreditamos. Mas agora também vocês iniciam um novo percurso na vossa vida política. A partir de agora, passam a ser actores responsáveis na política em Portugal e na JSD e também no PSD. Tem outra responsabilidade. Contamos muito convosco porque precisamos de um Portugal a pensar e a fazer diferente. Precisamos de pessoas em Portugal a pensar e a fazer de maneira diferente. Os problemas que o nosso país enfrenta hoje são os mesmos problemas que enfrentava há 30 anos atrás. Os mesmos problemas e as mesmas abordagens, a forma como hoje se olha para os problemas em Portugal são exactamente da mesma forma, a mesma abordagem como que á 30 anos se encaravam esses mesmos problemas. E é por isso que continuamos a ter um país adiado, um Portugal sem futuro e sem optimismo. Somos um país onde a taxa de abandono escolar atinge hoje já mais de 33% … não é possível sermos competitivos na Europa assim desta forma. Somos um país da Europa onde os nossos desempregados jovens já atingem quase 600 mil. É a mais alta taxa de desemprego da Europa, 18,7%, não é possível sermos competitivos desta forma.
Somos um país da Europa onde mais de 21% dos jovens com menos de 17 anos vive abaixo do limiar da pobreza, não é possível ter esperança e optimismo em Portugal desta forma. Somos o país da Europa onde os jovens mais tarde saem da casa dos pais, não é possível termos uma geração, uma geração com autonomia e capacidade e empreendedora. Não é possível termos esperança em Portugal desta forma. Mas os jovens estão cansados desta forma de estar em Portugal, estão cansados das mesmas políticas de sempre. Estamos cansados das mesmas abordagens de sempre. Das mesmas posturas. Estamos cansados das mentiras de sempre. Estamos cansados de um governo que promete 150 mil empregos para os jovens portugueses e 4 anos e meio depois o que vemos é que continuamos a ter a mais alta taxa de desemprego de jovens licenciados na Europa. Estamos cansados, estamos cansados de um governo que promete mais soluções para habitação e ao fim de 4 anos e meio o que vemos é que há menos 22 mil jovens beneficiários dos incentivos ao arrendamento jovem. Estamos cansados de governos de propaganda. Estamos cansados de governos que governam para a estatística para fazer boa figura lá fora e não se preocupam em ter um sistema de educação em que o rigor, a qualidade, a exigência e o mérito sejam princípios fundamentais. E por isso não nos enganemos, não foram os jovens que se afastaram da política e dos políticos, foram os políticos que se afastaram dos jovens. Foram os políticos … (palmas) … foram, foram os políticos que se afastaram das nossas ambições, foram os políticos que se afastaram das nossas preocupações, da nossa linguagem, das nossas esperanças e da nossa capacidade de sonho. E por isso os jovens portugueses já não acreditam na velha política, já não acreditam na velha política que tem adiado sucessivamente os sonhos da juventude portuguesa. Mas a juventude portuguesa é por natureza empreendedora, não se resigna, nós não nos resignamos. Queremos mais, queremos um país com mais ambição, queremos um país que lute, que vá à luta e que não desista nunca. Mas também não temos ilusões, os problemas que o país enfrenta já não se resolvem com paliativos, já não se resolvem com mais do mesmo, já não se resolvem com as velhas abordagens aos mesmos velhos problemas que dá sempre o mesmo, nada soluções. Hoje exigem-se rupturas, temos de romper com a velha política, queremos uma nova geração de políticos, uma geração de políticos que assuma compromissos, que deixe de fazer promessas, que percebe que mais do que prometer, prometer, prometer, o que os jovens e o país querem é gente que faça, mais do que dizer e dizer queremos é alguém que realize, que seja sério e que deixe de mentir e fazer propaganda com os jovens portugueses, queremos políticos que de uma vez por todas entendam que acima dos seus interesses, acima dos interesses partidários está o interesse do país e o interesse das novas gerações. Nós não queremos políticos de plástico. Nós queremos políticos de verdade. Nós queremos políticos que assumam o que querem fazer e que façam de facto e é por isso, caros amigos e caros companheiros, que os futuros deputados da JSD na próxima Assembleia da República não vão ser a voz do partido no parlamento nacional, não vão estar a dizer que sim quando o partido quiser que nós digamos que sim. Os próximos deputados da JSD serão sempre voz da juventude no parlamento nacional. (palmas)
Porque …nós, nós não somos como a juventude socialista, nós não somos como a juventude socialista que antes de dizer alguma coisa pergunta ao Eng. Sócrates se é para abanar com a cabeça que sim, ou se é para abanar que não … (palmas) … nós não somos como a juventude socialista. Nós estamos aqui pela juventude portuguesa. É com eles e é por eles que estaremos a trabalhar no parlamento nacional. Mas assinaremos um contrato eleitoral, diremos aos jovens que estamos disponíveis para assumir compromissos firmes, vamos dizer aos jovens que estamos com eles diariamente, estamos cansados dos políticos que só procuram os portugueses á procura de voto. De 4 em 4 anos lá vão á procura de eleitores. Não! Nós vamos estar com os nossos eleitores, com os jovens todos os dias. As propostas da JSD serão discutidas na internet com os jovens portugueses, consultaremos sempre a juventude portuguesa sobre aquilo que entendemos que devem ser os grandes desafios para o país e para o futuro do nosso país. Mas também seremos rigorosos connosco próprios. Transparência, publicidade e responsabilidade são princípios fundamentais. Connosco, os jovens saberão onde estamos, o que estamos a fazer, como votamos, o que dizemos, não nos vamos esconder para lá das arcadas do hemiciclo. Connosco as paredes do hemiciclo são transparentes, o nosso compromisso é com a juventude portuguesa e por isso temos de ser exigentes connosco próprios. (palmas)
Não, não teremos medo de divulgar as nossas agendas, os nossos rendimentos, os nossos interesses, as nossas preocupações. Quando se quer estar com a juventude é para ser sério. É para estar com eles também nas atitudes e nos comportamentos, mas também no elevado padrão e sentido de responsabilidade. Foi por isso também que lançámos uma plataforma colaborativa na internet. Pela primeira vez em Portugal, alguma estrutura política teve coragem de criar o seu programa político ouvindo a juventude dizendo que o programa político da JSD é o programa de todos. Não é o programa de 6 ou 7 pessoas que se fecham a escrever, não, nós queremos ser os porta-vozes da juventude e é por isso temos que os ouvir e representa-los de acordo com aquelas que são as suas ambições e as suas preocupações. Nós somos mesmo a geração da mudança, vocês são mesmo a geração da mudança. (palmas) Vamos, vamos romper … vamos romper com os velhos métodos, com as velhas fórmulas e com as fórmulas gastas. Nós não nos vamos resignar. Nós acreditamos muito em Portugal, acreditamos num Portugal ambicioso, acreditamos na nossa ambição, na nossa capacidade de realização, na nossa capacidade empreendedora e acreditem que eu conto muito convosco, conto muito convosco para que de uma vez por todas, esta geração de mudança comece a construir um novo Portugal, um Portugal em que todos acreditamos. Não por nós, nem sequer pela JSD ou pelo PSD, mas temos de o fazer sempre e acima de tudo pelo futuro de Portugal pela juventude portuguesa. (palmas) Viva a JSD, Viva o PSD, Viva a juventude portuguesa, mas como Sá Carneiro nos ensinou, Viva sempre e acima de tudo Portugal. (palmas) Muito obrigado. … JSD, JSD, JSD … (palmas)
Dra.Manuela Ferreira Leite
Sr. Presidente da JSD, Sr. Vice-presidente do Instituto Sá Carneiro, Srs. Deputados, Srs. membros da comissão política nacional, Srs. Presidentes de Câmara, Sr. Presidente da Comissão Política Distrital de Portalegre, alunos da Universidade de Verão, caros amigos e companheiros, a Universidade de Verão é já um símbolo de vitalidade do PSD e da sua capacidade de cativar novas gerações para pegar na nossa bandeira e perseguir os nossos ideais.
Saúdo todos os que ano após ano animam e fazem crescer esta iniciativa dando-lhe uma dimensão e um prestígio que ultrapassam largamente as fronteiras do partido. E é evidente que por mais modéstias que aqui existam eu não posso deixar de mencionar que o prestígio e o valor desta Universidade se deve a um grande conjunto de pessoas que eu direi que constituem um trio maravilha, um grupo maravilha, sempre liderados pelo insubstituível Carlos Coelho que nos surpreende sempre pela novidade, pela inovação que vai introduzindo todos os anos. Devo-lhes dizer que é o aspecto que me deixa mais perplexa. Não sei como ele consegue construir e ter tanta imaginação e renova-la todos os anos como o faz na Universidade de Verão. (palmas)
Esta é uma iniciativa de cariz partidário, mas não é uma acção sectária. É um espaço de divulgação e de defesa dos valores e princípios próprios de uma cultura democrática. Saúdo todos os jovens que aqui se empenharam pelo estudo, pelo debate e pela abertura de espírito necessários para virem a ser decisores conscientes, políticos responsáveis ou muito simplesmente cidadãos corajosos e defensores da liberdade.
Na verdade, a formação cívica e política prepara para uma intervenção plena na sociedade seja qual for a área profissional que se venha a abraçar. Há quem interprete esta iniciativa da Universidade de Verão como se ela se destinasse apenas à formação de quadros para o exercício de cargos públicos. Não deve ser vista assim. A política, no seu sentido de serviço, de interesse pelos outros e de dedicação a causas que se consideram essenciais para a organização das sociedades, faz parte de todas as actividades e da vida de todos os cidadãos. Esta não se esgota, muito longe disso! Na actividade do sector público, por muito nobre e necessária que seja como é. A capacidade de ser parte activa de forma esclarecida e construtiva será tanto maior quanto melhor for a formação integral de cada um, com conhecimento, a experiência e a afirmação pessoal que possam ter em diferentes áreas de actividade. Creio que cada um de vós poderá um dia testemunhar isto mesmo.
Caros amigos e companheiros, estamos a chegar ao fim de uma legislatura dominada pela prepotência de uma maioria absoluta que não soube aproveitar as extraordinárias condições de que dispôs para governar. (palmas) Apesar … (palmas) … isto apesar da gigantesca máquina em que se apoiou para iludir e ocultar os fracos efeitos da sua acção política. Os sinais desse fracasso eram já bem visíveis quando a crise atingiu a economia nacional. De facto, a dívida externa nos últimos anos está em valores incomportáveis e o endividamento das empresas e das famílias subiu em flecha. A máquina do Estado nos seus múltiplos sectores, foi sacudida por uma tempestade de pretensas reformas que se saldaram pelo descrédito dos profissionais, pela tensão entre os agentes educativos e pelo desrespeito público por aqueles que de alguma forma ousaram manifestar qualquer sinal de desacordo. A tensão social e a crispação só tiveram paralelo na arrogância da reacção do governo indiferente a todos os sinais, persistindo nas políticas erradas e nos autos elogios. A oposição e em particular o PSD, foi completamente ignorada nas intervenções parlamentares, o debate político atingiu fóruns de agressividade nunca vistos e a manipulação ou a gestão política dos anúncios e dos dados estatísticos passou os limites do tolerável. Com a evidência da crise, porém não foi só a situação económica e as condições de vida dos portugueses que se agravaram ainda mais, foi também a teimosia do Governo. Cresceu o tom insidioso da ameaça e as tentativas desesperadas, primeiro de maquilhar e depois de aparecer como vítima. O PSD alertou desde cedo para o perigoso caminho que estávamos a seguir. Apontou os sectores mais frágeis, propôs medidas de intervenção, reagiu frontalmente á falta de sensatez política e ao engano em que se queria manter os portugueses, paralisando a sua capacidade de iniciativa. Nestes 4 anos e meio, o Estado transformou-se de modo insustentável numa máquina ao serviço do poder dos que o ocupam. Dos que protegem … (palmas) … o Estado transformou-se de modo insustentável numa máquina ao serviço do poder dos que o ocupam, dos que protegem e dos que lhe são submissos com raras e honrosas excepções que só confirmam a regra. Criou-se um ambiente de intriga e falsas verdades. Diluíram-se pilares da sociedade como a família e o casamento para impor a vontade da lei onde devia prevalecer a liberdade individual. (palmas) E isto tudo é coberto de proteccionismos, pseudo - esclarecidos, que enfraquecem a vontade de agir e limitam a livre escolha.
Assim, se entrou no declínio e na erosão dos valores cívicos e éticos conduzindo ao pessimismo, á suspeição e á descrença. O PSD aguentou todos os ataques, todas as insinuações, senão mesmo muitas mentiras. Viu e denunciou as tentativas pouco democráticas de silenciamento na comunicação social. Fomos o primeiro partido político a detectar e a revoltar-se contra o clima de asfixia democrática, visível em muitos gestos e atitudes, mas também subtil usando a técnica de querer parecer normal e aceitável, o que era pura e simplesmente intolerável.
Assistimos também a aprovação de leis em clima de confronto, ás vezes mesmo de provocação quando devia mobilizar as principais forças políticas acolhendo sugestões e aperfeiçoamentos que muito teriam contribuído para uma execução justa ou isenta de dúvidas. Assistimos também à emenda precipitada de muitas delas, ao recuo de muitas outras desperdiçando tempo e o que é mais grave, minando a confiança das pessoas nas traves mestras da construção de um sistema jurídico moderno e equilibrado. Chegamos assim ao fim desta legislatura, com o sabor amargo de oportunidade perdida, dos combates desgastantes e quantas vezes estéreis. Conclui-se assim um mandato que deveria ter sido para recuperação e progresso com saldo de desânimo, com mais dívidas, com mais pobreza e com injustiça social. (palmas) … Mas sobretudo com grande enfraquecimento da sociedade civil, prisioneira de um Estado que tudo comanda, tudo gere e que gosta de sentir que tudo depende do seu favor, ou da sua decisão. É pois tempo de virar a página.
Todos os portugueses anseiam por uma mudança, pelo fim deste clima de desconfiança, de alheamento pelos seus problemas; todos os portugueses reclamam tréguas para a crispação e espaço para a sua iniciativa livre e criativa, a única força capaz de nos fazer sair das dificuldades em que nos encontramos. Apresentamos aos portugueses o nosso programa eleitoral, numa carta de compromissos que nos vinculam todos desde já. Não se trata apenas de um enunciado de medidas, embora elas sejam todas de maior importância para a concretização da estratégia de recuperação e progresso que queremos para o nosso país. Mas o programa trata-se de afirmar de uma forma renovada de fazer política. De falar com o eleitorado, de dar a cara com franqueza e com coragem, em contraste com a mistificação, com o que parece mas não é, com o logro que se deixa entender uma coisa para afinal se querer dizer outra. Nós ouvimos os portugueses, o nosso programa resultou dessa consulta intensa e da ponderação de tudo o que nos transmitiram, dos anseios, das críticas, dos medos, e das expectativas. Nós queremos ser escutados e queremos ouvir o que nos têm para dizer. Não apenas as palavras de louvor ou de apoio, mas também as criticas ditada pela boa fé e pela cooperação leal. Nós não aceitamos que soluções e constrói os seus êxitos de forma artificial para a seguir responder desabridamente a que se atreve a criticar, refugiando-se depois atrás de ruído dos que aplaudem porque dependem do poder. Nós acreditamos nos portugueses e queremos que os portugueses acreditem em si próprios. Por isso, o nosso primeiro compromisso é o de devolver á sociedade civil uma grande capacidade de agir, criando condições para que todos de acordo com as suas capacidades possam contribuir para o progresso e para o desenvolvimento do nosso país. O PSD defende uma visão de um Portugal em convergência económica e social com a União Europeia, mas esse crescimento só será possível com a afirmação de valores que agreguem a sociedade civil. (palmas) E dêem ânimo para agir e a robustez necessária para ter uma opinião crítica capaz de recusar dirigismos paralisantes.
O papel da sociedade civil é vital numa ordem livre e democrática. De facto, quanto mais amplo for o espaço de acção e participação das organizações civis na resolução dos problemas nacionais, mais consciente e melhor informada será a cidadania e mais fácil será assegurar uma actuação responsável dos governos e a sua proximidade aos cidadãos. As organizações civis, politicas e não politicas, constroem capital social, partilham o valor e agregam confiança que se transfere para a acção política como um traço da união na sociedade e aumentam a capacidade de conciliar interesses diversos ou complementares. Os jovens em particular, sabem bem reconhecer o valor da participação cívica, agora muito impulsionada pelas redes sociais e pela crescente mobilidade europeia e mundial. Mas atenção, mais acesso á informação também traz novas responsabilidades pois pressupõe mais conhecimento e mais ponderação das implicações de tudo aquilo que se defende ou exige. Também por esta via se alarga a intervenção democrática porque é acessível a todos. Os jovens portugueses sabem bem avaliar a importância desta linha de acção porque têm uma vivência riquíssima de associativismo e voluntariado. (palmas) Nesta realidade está bem expressa, na dinâmica das inúmeras associações juvenis, e no seu extraordinário trabalho junto dos jovens e nas comunidades onde se inserem, onde são muitas vezes o mais importante elo de ligação inter geracional e de promoção de valores cívicos, culturais e humanitários. Por isso sabemos que podemos contar com o apoio dos jovens e com a sua resposta positiva, clara e empenhada.
Caros amigos e companheiros, alguns criticaram o nosso programa exactamente por termos ousado e afirmado os valores que nos guiam, o amor á verdade, a prevalência de mérito, o debate sereno e digno, o respeito pelos contributos dos que tenham algo a dizer. E sobretudo, por proclamarmos o respeito pelas instituições pelas pessoas, concordem ou não com o que propomos. Sem esses fundamentos não á medidas que possam ser avaliadas, não á garantias que suscitem confiança, não á rumo que possa mobilizar. Os portugueses estão ressentidos por ver desperdiçados em grande parte os sacrifícios que lhes foram pedidos. O PSD assume a defesa de um Estado com menos peso e que potencie a liberdade e a iniciativa privada mas que seja um Estado em que todos contam e que todos tenham igualdade de oportunidades. (palmas) A redução do peso do Estado é indispensável para que se garanta a sustentabilidade financeira do sistema social, nunca poderá fazer-se á custa dos interesses dos cidadãos. Antes terá que a assegurar uma prestação de serviços isenta, universal e de qualidade que promova melhores condições de vida e maior eficácia aos recursos de que necessita. Para isso é necessário um Estado que tenha a capacidade e credibilidade para se impor ao livre jogo da concorrência, que imponha regras, que a fiscalize e as faça cumprir, garantindo a protecção dos mais fracos, os interesses da comunidade e a defesa de uma sociedade justa e coesa. (palmas) E também para tudo isto é fundamental o exercício activo e esclarecido da cidadania, é preciso que se afirme a força da sociedade civil, consciente dos seus direitos e bem desperta e capacitada para a sua defesa e espaço de intervenção. Por isso, o nosso compromisso de verdade lhe dá um destaque incontornável e coerente.
Caros amigos e companheiros, apresentamo-nos ao país com uma ambição realista porque sabemos que quem promete tudo é porque não sabe o que vai fazer. (palmas) Pedimos com uma confiança consistente porque o que propomos pode ser medido e confirmado á medida da sua execução e queremos suscitar na sociedade portuguesa uma esperança assente na verdade, a única de que é fonte de credibilidade e não de cepticismo. O nosso programa é ambicioso para as actuais gerações cujo trabalho e espaço ditará a recuperação. Mas respeita as gerações futuras porque renuncia viver á custa dos que hão-de nascer e que não podem ter à sua espera a imensa factura dos imprudentes e dos insensatos. (palmas).
O PSD defende a liberdade individual e a livre iniciativa porque acredita que a principal riqueza de uma sociedade está nas suas pessoas, na capacidade e energia e aptidão dos jovens, na experiencia e conhecimento dos adultos, na sensatez e no conselho dos mais velhos. (palmas)
Mas, reafirmamos o papel essencial do Estado com o garante dos interesses nacionais com apoio aos mais carenciados, como impulsionador da economia, da justiça e coesão social. Os serviços prestados pelo estado têm que ser acessíveis sem distinção e suficientes para uma qualidade de vida ao nível dos outros países europeus. A educação para todos, saúde pública, a segurança social, a inclusão bem como o exercício responsável e exigente das funções de soberania, são funções indeclináveis do sector público. Mas nós sabemos que os recursos são escassos e não os escondemos. Não é com enganos que se combatem as fraquezas, mas com a plena consciência das dificuldades que nos esperam. Ponderamos profundamente as propostas apresentadas ao país, sabendo bem como seriamos alvo de críticas fáceis e dos desdéns de quem não fez mas promete que um dia vai fazer. (palmas) E por isso podemos afirmar com toda a clareza que tudo o que é explicitado será rigorosamente cumprido. O nosso programa obedece a um escrupuloso respeito pelos cidadãos e é um imperativo de verdade, em vez de estar apostado exclusivamente no marketing político. Temos plena consciência de que o imenso trabalho e as dificuldades a vencer exigem muito mais do que a acção do governo ao esforço empenhado e honesto de alguns. Portugal precisa de todos, de todos os seus jovens, de todos os profissionais, de todos os sectores. Precisa de mobilizar todos os seus recursos e as suas capacidades produtivas. Precisa de talentos, de competências e de coragem. Portugal precisa … (palmas) … Portugal precisa de ânimo, de entusiasmo e de confiança e por isso, mais do que ganhar eleições, temos que ganhar o país. Muito obrigada. (palmas) … PSD, PSD … JSD, JSD …PORTUGAL, PORTUGAL … (Palmas)
Dep.Carlos Coelho
E mantendo uma tradição que se iniciou já alguns anos, a Dra. Manuela Ferreira Leite condescende em ajudar-nos na distribuição dos diplomas que estão assinados por ela, que assinalam a participação qualificada dos vossos colegas de 2008 e o Presidente da JSD vai ajudar nesta função.
Eu vou chamar apenas aqueles que confirmaram presença, se algum participante de 2008 que não confirmou a presença está presente, a Dra. Manuela Ferreira Leite durante o almoço pode entregar em mãos os respectivos diplomas e depois de terminada esta cerimónia, todos os participantes das edições anteriores que aqui estão, pedia para ficarem uns minutos porque os participantes desta Universidade de 2009 querem partilhar convosco um símbolo da presença da Universidade 2010 …*… e portanto vou chamar: Alexandre Coelho Resende, Ana Cristina Velosa, André Machado, António Barroso, Bruno Barracosa, Bruno Ferrão, Carla Barros, Carlos Almeida, Carlos Vilaça Milheiro, Cláudia Cordeiro, Desidério Santos, Dino Alves, Duarte Filipe Martins, Edgar Mendes, Elisabete Oliveira, Fausto Amaral, Maria Goretti, Hugo Sampaio, Joana Martins, João Almeida, João Morgado, João Nuno Miranda, João Paulo Oliveira, João Pedro Rodrigues, luis Castro, Marco Dias, Marie Claire, Nuno Bastos, Nuno Pais, Paula Coutinho, Ricardo Santos, Ana Rita Baptista, Rita Ribeiro Marques, Rui Jacinto, Teresa Silva, Ivan Duarte, Paulo Pinheiro, João Pedro Rodrigues e Carla Bastos, estão…
Em nome da Dra. Manuela convido os ex alunos da Universidade de Verão que não foram chamados, fiquem aqui comigo um bocadinho e agora vamos subir todos os outros para o primeiro andar. (palmas) … JSD, JSD, JSD … (palmas)
O boneco é grande mas é maior a minha admiração por todos vós. Primeiro andar almoço com a Dra. Manuela Ferreira Leite. (palmas)