Assembleia Extraordinária (apresentação dos trabalhos de grupo)
Dep.Carlos Coelho
Boa tarde, estamos na sessão de Apresentação dos Trabalhos de Grupo.
Já sei, através dos vossos conselheiros que se empenharam significativamente na realização do trabalho. Não conheço os modelos, vi as vossas sinopses e as explicações da estratégia de comunicação que me enviaram, de uma forma geral, muito bem feitas.
As sinopses estão mais irregulares. Algumas não tornaram evidente qual é o tema da vossa comunicação.
Vamos começar com a apresentação dos trabalhos de grupo, com a ordem que foi sorteada e que todos conhecem.
A lógica da apresentação é a seguinte :
Vamos ver primeiro o video , depois no púlpito, o ou a representante do grupo responsável pelo vídeo, vai explicar qual é que é a sua estratégia de comunicação, e depois daí das bancadas falará primeiro o grupo que atacao grupo que não gosta no trabalho de grupo que foi apresentado e um grupo que irá defender, que irá dizer o que é que gostou do trabalho de grupo e por que é que o outro não tem razão.
Alguns grupos chamaram à atenção para a impossibilidade de prepararem as intervenções de ataque e defesa. Isso parece evidente, é um exercício de improviso. Na vossa vida de intervenção cívica ou de intervenção política, num partido, numa Assembleia Municipal, numa reunião de estudantes, numa organização qualquer estarão confrontados muitas vezes com circunstâncias de improviso. Mesmo em actos formais. Dou-vos um exemplo. Vamos supor que numa Assembleia Municipal vocês sabem que o PS vai fazer uma declaração política. Até que o Deputado Municipal comece a falar ninguém faz a mínima ideia do que ele possa falar. Tanto pode falar de habitação como de lazer, tempos livres ou de espaços verdes e portanto há sempre uma dose de improviso. Nós estamos muitas vezes confrontados com situações que não podemos antever. Portanto é isso que vocês têm que fazer aqui. Têm que fazer um exercício de improviso. Têm que fazer uma análise sobre aquilo que vão ver ao mesmo tempo que nós. Vão ver um vídeo, vão ouvir uma apresentação e vão ter que dizer o que mais gostaram e o que menos apreciaram.
E dito isto vamos iniciar as nossas hostilidades com o grupo rosa. Vamos ver o vídeo e depois usará a palavra a Rita Ventura.
Vídeo: (música)
Rapaz: Sabes sempre em que votas? Nas eleições autárquicas os portugueses conhecem e votam num candidato. O seu candidato. Nas eleições legislativas os portugueses não votam num governo nem votam numa oposição. Os portugueses votam em 230 Deputados à Assembleia da República. (música) Só que os partidos confundem os portugueses. Sabes qual é o resultado?
Entrevistadora: Conhece algum deputado eleito pelo seu distrito na Assembleia da República?
Entrevistado1: Não.
Entrevistada2: Não porque eu não ando muito a par da política. É coisa que não me seduz muito.
Entrevistado3: Nenhum.
Rapaz: É verdade. Os portugueses não sabem quem são os seus deputados à Assembleia da República. Com os círculos uninominais tu vais votar no teu deputado. Vais votar na Carla, no Diogo, na Catarina, no Pedro, no Gualter, na Rita, no Marco, no Hélio. Mais do que votar no teu partido tu vais votar no teu deputado.
Pessoa 1 (Masc.): Vota em quem conheces!
Pessoa 2 (Fem.): Vota em quem te defende!
Pessoa 3 (Masc.): Vota por mérito!
(música) (aplausos)
Carlos Coelho :Rita!
Rita Ventura
Boa tarde! Como puderam ver o nosso vídeo é acerca da criação de círculos uninominais. Não há muito a dizer, acho que o vídeo explicou tudo. O que eu vou falar é sobre a nossa estratégia de comunicação. O objectivo é atingir o maior número de pessoas possível. Vamos dar uma especial incidência aos jovens. Porque são a geração da mudança e consideramos isso com alguma relevância. Começaremos por divulgar os vídeos no youtube, no sapo, no site do novo Portugal precisamente para os jovens dos 18 aos 30 anos que são os que mais frequentam esse tipo de sites. Claro que estarão mencionados também em redes sociais como o Facebook, o Twitter, o Hi5. Iremos também lançar um e-mail viral. Primeiramente para os nossos contactos pessoais, família e amigos que serão aquele que divulgarão para mais pessoas ainda. Depois para outros contactos profissionais, partidários e os líderes de opinião pública que nos abrangem. São um público diferente, mais velho mas claro, como eleitores também importante. A nossa última ideia de divulgação passa pela criação de um blog que já está feito: www.circulosuninominais.blogspot.com Aí poderão ver uma explicação do que são círculos uninominais, o nosso vídeo será também divulgado lá. O objectivo deste blog é: quando alguém for a um motor de busca pesquisar o que são círculos uninominais irá aparecer o nosso blog e aí mais pessoas irão ver, divulgarão para outras. Podem ver nas vossas cartas têm lá o site do blog. Basicamente é isto. Espero que tenham gostado. Obrigada (aplausos).
Dep.Carlos Coelho
Muito bem! Dou a palavra ao grupo cinzento, ao Ricardo Santos Lopes.
Ricardo Santos Lopes
Antes de mais boa tarde a todos. Do comentário que me assiste fazer sobre o vídeo eu devo dizer o seguinte: apesar do trabalho, do esforço ou até mesmo e passo a expressão “suor e lágrimas” que dedicaram à realização do filme, eu no vosso lugar chorava. Aliás, não podia esperar outra coisa do grupo cor-de-rosa. E chorava porque o espírito que vocês encarnaram do fazer por fazer… Não podemos tolerar essa posição e não é essa a postura da selecção nacional. Indo ao centro da questão esperava encontrar uma distinção entre os círculos uninominais que vocês defendem e os plurinominais. E nesta matéria, ainda que esteja previsto no nº1 do artigo 149 da nossa Constituição a possibilidade de serem determinados círculos uninominais e estes não poderiam funcionar para eleger representantes locais porque o nº 2 do artigo 152 explicita claramente que os Deputados são representantes nacionais e não locais. Ainda relativamente a esta questão há uma questão relacionada com este assunto. É a questão da diminuição do número de Deputados, que vocês não fizeram alusão. Bem sei que vocês não devem saber fazer cálculos e aliás da primária. 230 deputados para 10 milhões, ou seja 1 deputado para cerca de 43 mil cidadãos. Ainda relativamente às vozes, aos vossos discursos faz-me lembrar viagens de táxi em que têm que ouvir rádios como a Romântica FM, com o devido respeito que nutre pelos seus ouvintes. Relativamente à vossa estratégia de comunicação eu devo dizer o seguinte, vocês tentam abranger o público dos 18 aos 30. Mas o público encontra-se, ontem aprendemos e deviam tirar apontamentos, que o público-alvo é dos 35 anos para cima. Muito obrigado. (palmas)
Dep.Carlos Coelho
Tem a palavra do grupo verde Marta Pereira.
Marta Pereira
Boa tarde a todos. Antes de mais eu queria mostrar o meu total desacordo com o grupo cinzento, não concordo rigorosamente nada com eles porque acho que este grupo que nos apresentou um trabalho fabuloso, tiveram a coragem de falar de um tema que não é de todo fácil e que não está ainda acessível aos jovens. (ovações “muito bem” e palmas)
Começaram por utilizar um tema musical forte irreverente que acho que sem dúvida faz a cara da juventude que está pronta para a mudança. (ovações)
Utilizaram 3 palavras fortes que eu acho que de facto não podemos esquecer: conhecer, defender e mérito. Pegaram em entrevistas de rua e conseguiram dessa forma provar sem dúvida alguma a importância deste tema que estamos aqui a discutir. Verificamos que de facto as pessoas não conhecem os deputados que elegeram. Portanto é fundamental mudar esta situação. (ovações “muito bem” e palmas)
Relativamente à estratégia de divulgação também não estou nada de acordo porque continuamos a ter aquele preconceito de que só até aos 30 é que vamos à internet, mas então depois o que é que acontece? Os nossos pais, os nossos familiares, os nossos amigos que já passaram dos 30 já não contam? (murmúrios) Estão completamente “out” de tudo isto, das novas tecnologias? Não é este o nosso país. Eu acho que vocês não estão a conhecer bem as pessoas para quem estão a falar. Portanto este grupo, o rosa, conseguiu bem defender essa situação e acho que a informação sem dúvida vai ultrapassar a barreira dos 30. Sem dúvida absolutamente nenhuma, ainda que, como disseram e é muito importante, estarem direccionados para os jovens. Os jovens como toda a gente sabe estão afastados da política, mas eles quiseram chamá-los para este assunto tão importante. Portanto acho que por aí conseguiram sem dúvida absolutamente nenhuma. E era isto que eu queria dizer. (ovações e palmas) Acho que o grupo rosa merece o meu aplauso.
Dep.Carlos Coelho
Muito obrigado. Vamos agora ver o trabalho de grupo Encarnado que será representado pela Beatriz Ferreira. Vamos ver o vídeo primeiro.
Vídeo: (música)
“Eu sou o Manel e sou de Castelo de Vide. Gosto muito da minha terra. Acabei de tirar o curso na capital. Já estou com o meu curso e está tudo muito bem. Mas agora e o emprego? Não há emprego. Há emprego no litoral, há emprego lá fora. Mas então e cá dentro? No interior? Eu não me conformo! Então eu estive a pensar com os meus botões. E que tal a gente, não sei, apostar mais numa associação de desenvolvimentocom autarquias e o governo e temos as empresas. Em vez de estarmos sempre a gastar dinheiro em coisas… Em …, aeroportos em tanta coisa… A gente criava o quê? Em parques tecnológicos! Isso criava muito emprego muito emprego! Depois podíamos criar sabem o quê? Incubadoras. Não são as dos hospitais! São incubadoras, instituições que ajudam as empresas no início, na sua fase de desenvolvimento. Depois vão dando orientação na gestão, no financiamento, esse tipo de coisas. Mas eu não sei. Não faz nada esta gente.” (música)
Carlos Coelho: Beatriz!
Beatriz Ferreira
Boa tarde a todos. Nós quisemos entrar com o Manuel. Este é o mote para a nossa campanha. Este é um projecto de jovens. Nós não queremos trabalhar para os jovens, queremos trabalhar com os jovens. O Manuel não precisa de ninguém que lhe diga o que ele tem de fazer porque ele sabe o que tem de fazer. E por isso a nossa campanha assenta no feedback. Nós queremos receber opiniões, queremos receber testemunhos. O novo Portugal assenta nesse princípio. O nosso lema é “Jovens portugueses rumo ao interior!” Nós temos uma atitude positiva, nós queremos falar, claro não há inglês técnico, não há palavras caras. Nós temos redes sociais. (ovações “muito bem” e palmas) Nós estamos nas redes sociais. Temos Hi5, temos Facebook, temos Twitter, as nossas páginas pessoais estiveram toda a manhã a divulgar a nossa campanha. Nós temos um sistema de comentários livres, temos plataformas livres para que todos poderem participar. Temos um blog, www.jovensrumosaointerior.blospot.com. Divulgamos nas nossas plataformas e já temos mais do que uma centena de visitas. Temos um e-mail para receber opiniões e divulgar a nossa campanha. Queremos que as pessoas se juntem a nós. Nós temos um flyer, por que esta campanha não é só na internet. Esta campanha é feita pelos jovens, mas é feita para todos os portugueses. Nós trabalhamos para fazer esta apresentação, mas isto não é o fim. Esta apresentação é o princípio de uma grande campanha. Procuramos jovens com identidade e também com o interior vamos puxar Portugal. Obrigada (palmas)
Dep.Carlos Coelho
Muito obrigado. Dou a palavra ao grupo Verde, Francisco Miguel Sousa.
Francisco Miguel Sousa
Boa tarde a todos. Devo dizer que estou chocado. (risos) Não, não. Isto não é para rir. Vocês sabem que preconceitos é que tem o interior? Quantas pessoas daqui da plateia são do interior? Ponham os braços no ar. Vocês identificam-se com aquela pessoa que está ali? (murmúrios) Não, vamos lá ver… (risos) Este é o primeiro ponto. (palmas) Nós queremos abrir o interior e depois estão aqui a reforçar todo o preconceito que é o interior. O interior não é aquilo, o interior não é aquilo. O interior não é ignorância que é que é aqui do interior que queira falar sobre isso? (Da plateia: “Não é ignorância, ele diz que tirou o curso”) Tirou o curso? (vaiar) Vocês acham… Quem daqui tirou um curso? Vocês identificam-se com esta pessoa? (“Não” murmúrios) Pronto, ok! Agora gostaria de perguntar que atitude positiva tem este grupo perante o interior e que ousadia tem este grupo perante o interior e já agora que soluções tem este grupo perante o interior? Eu até agora não vi nada. (“muito bem, muito bem”) É só isso obrigado. (palmas)
Dep.Carlos Coelho
Dou a palavra pelo grupo rosa à Catarina Castro.
Catarina Castro
Boa tarde a todos. Antes de mais queria dizer que o sotaque não é ignorância, meu caro político. (palmas) E antes de mais, o interior é uma terra belíssima e deve ser aproveitada. Tem muitos recursos, dos quais podemos tirar grandes vantagens. Eles deram ideias neste vídeo. Claro que isto aqui é só uma proposta de campanha. Eles ainda vão desenvolver mais. Como disseram isto é o princípio, não o fim. Ainda têm muito para desenvolver nesta área e é isso que eles vão provar nos próximos dias. Não percebi por que ficou chocado. Não achei nada de mais, não achei nada que o chocasse tanto. Não percebo a sua cara de espanto a olhar para a televisão. Mas compreendo que, não sei, talvez não conheça tão bem o interior como nós. Talvez seja numa perspectiva errada que devia estar a pensar. Não entendo, não interessa. O interior é uma terra belíssima como eles disseram. Puseram um licenciado a falar, deram as suas preocupações, deram os seus medos. Tiraram o curso e fazem o quê no interior? É isto que nós temos que combater. A política tem que se interessar mais pelo interior. Temos tido uma litoralização cada vez mais avançada, que tem que ser travado. E foi o que este grupo quis mostrar às pessoas. É necessário combater a litoralização é necessário! E desenvolver o interior. E se isso o choca tanto, talvez não devesse seguir política. (ovações “muito bem” e palmas)
Dep.Carlos Coelho
Muito bem! Vamos agora ouvir o trabalho do grupo Bege defendido pelo David Barata. Vamos ouvir primeiro e ver o vídeo que produziram.
Vídeo: (música)
Moderador: David Barata tem a palavra.
David Barata
(risos e palmas) Desculpem lá só um bocadinho. Boa tarde a todos. Para quem já viu o cartaz, espero que estejam estado atentos aqui onde diz “lobo cinzento” é o nome profissional do Ricardo Encarnação do nosso grupo. (“muito bem” e palmas) Pronto. Os Beje Produções esperam que o nosso vídeo vos tenha sensibilizado. Ele vai ser distribuído essencialmente através do youtube e outros canais de plataformas online, distribuição de conteúdos. São suportes que possibilitam o fácil acesso aos vídeos, aos públicos mais diversos, em qualquer local, a qualquer hora. Além disso os custos são bastante reduzidos, ou seja zero. Pretendemos usar o endereço do vídeo para distribuir nas outras redes sociais. Optamos por não ter um canal próprio, não ter um blog, ou assim, e utilizar os contactos pessoais de cada um de nós das 10 pessoas, para dentro de um ou dois dias conseguir chegar a 2mil pessoas pelos menos, e ter a certeza que essas pessoas que confiam em nós vão abrir o nosso conteúdo. (ovações “muito bem” e palmas) Queremos também aproveitar a exposição mediática deste evento, uma vez que está a ser relatado em todas as televisões, em toda a internet e patrocinar links. Links patrocinados no topo, nos resultados dos motores de busca, para que toda a gente que procure sobre “Universidade Verão” tenha acesso ao nosso vídeo. Mais logo, antes do jantar vocês vão poder ter acesso ao nosso vídeo que vamos distribuir por bluetooth, antes do jantar ali na zona junto aos computadores e se tudo correr bem, se tivermos todos os apoios que precisamos o filme vai ser ser exibido antes de cada filme, nas principais salas de cinema do país. (palmas) Assim como se tivermos também muita sorte no tempo de antena das demais televisões. (palmas) Gostaria ainda de concluir com uma frase de Platão, que sintetiza a nossa mensagem. “A penalização por não participares na política é acabar a seres governado pelos teus inferiores.” Obrigado. (palmas)
Dep.Carlos Coelho
Muito obrigado David. Dou agora a palavra pelo grupo castanho ao Pedro Estrela.
Pedro Estrela
Boa tarde. A mim cabe-me agora ter que falar mal do vídeo que recebeu mais aplausos, sendo uma tarefa um bocado ingrata. Vou começar ao contrário dos meus antecessores pelos pontos positivos. Acho que tem movimento, foi bem conseguido tecnicamente. Mas acho que falha numa questão que é a imposição. A pessoa não tem que ir votar porque é imposta a. A pessoa tem que ir votar, tem que estar esclarecida, tem que ir por livre vontade, a pessoa não tem que ir votar porque o Sr. Padre diz: “Ah! Vai lá votar” e então a pessoa tem que ter a escolha, não é, tem que saber no que é que vai votar. (palmas “falta conteúdo”) Exactamente! Eu acho que só responderam a metade daquilo que queriam dizer, tem que dizer as possibilidades de voto. Acho que é necessário que o voto seja um voto informado, esclarecido e de consciência própria. De livre e espontânea vontade, a pessoa não tem que ser imposta. Acho também que o acto de voto é apenas metade da luta contra a abstenção que este vídeo está a incidir. Está. Obrigado. (palmas)
Dep.Carlos Coelho
Muito obrigado. Dou agora a palavra pelo grupo Laranja ao Ricardo Campelo de Magalhães
Ricardo Campelo de Magalhães
Ora boa tarde. Ora como foi dito pelo meu colega cabe-me a tarefa que é a mais fácil. E é a mais fácil porque o vídeo, não só tem qualidade como tem uma boa estratégia de comunicação. É um vídeo focado na decisão, que é um aspecto muito importante de ir votar. É um vídeo em que se foca a imposição como anteposição da decisão. E é uma das suas forças: não deixares os outros imporem a sua vontade, mas ires votar tu. A decisão tão importante é não deixar para os outros aquilo que podes tu fazer. (palmas) E depois quantas possibilidades de voto? Eu acho que é uma concepção errada pensar que eu para dizer a um eleitor para ir votar tenho que lhe dizer onde vai votar. É falhar o ponto. É precisamente… eu pedir a um eleitor para ir votar não é impor-lhe vai votar aqui. Não, é vai votar mesmo. Tem a tua voz. Ou seja, eu não posso estar a dizer ao eleitor decide por ti e depois estar-lhe a sugerir possibilidades de voto. Ou então não estou a respeitar a inteligência dele, não estou a respeitar a capacidade de decisão dele. Primeiro estou a elogiar a capacidade de decisão dele e depois seria contraproducente, seria o contrário à mensagem que eu estaria a tentar passar. E portanto é um vídeo que consegue atingir a mensagem. Não comete esse erro de sugerir o voto e é muito bom tecnicamente e tem uma boa estratégia de comunicação. (palmas)
Dep.Carlos Coelho
Muito obrigado. Vamos agora ver o trabalho do grupo Amarelo. Vamos primeiro ver o vídeo e depois ouvir a Bárbara Castro.
Vídeo:
- Eh calma pessoal! Energias renováveis… E a educação?
- (Sócrates) Não estou disponível é para esperar mais 30 anos para avaliar professores. Desculpem isso é que não é possível! E o que vejo em todos aqueles que querem suspender esta, é que não querem nenhuma. Foi esse o argumento utilizado para que nos próximos 30 anos não tivéssemos avaliação!
- És pouco mentiroso és…
- Então e o decreto-lei 139/90?
- Às vezes é preciso vir alguém de fora para nos dizer de forma tão sonora, tão vibrante, tão entusiasmada…
- És um mentiroso!
- És um mentiroso!
- Tu és um mentiroso!
- Alargar a rede de creches, jardins-de-infância, garantir os direitos iguais para todas as crianças.
- Mais bolsas de estudo.
- E mais mobilidade para estudantes.
- O que está a fazer? Vamos ter que salvá-lo ? Dê cá o telemóvel!
- Desculpe!
- Numa educação com qualidade há respeito entre o aluno e o professor!
- (imperceptível)
Carlos Coelho: Bárbara!
Bárbara Castro
(risos) Boa tarde a todos. O meu nome é Bárbara Castro. Peço desculpa por falar neste tom de voz, mas a noite ontem foi um bocadinho puxada. (risos e “muito bem”) Muito bem. Há várias formas de falar de educação. Nós resolvemos usar a ironia porque há 4 anos que gozam com os jovens. (palmas) Muito bem. Para divulgarmos este nosso vídeo junto de todos e tentar informar o máximo de pessoas possível elaboramos a nossa estratégia de marketing. Portanto iremos recorrer a 2 tipos de meios de comunicação: meios externos e internos à Universidade Verão. No que diz respeito aos meios externos privilegiamos as contas de e-mail pessoal dos membros do nosso grupo, o blog do grupo que temos aqui o endereço e blogs pessoais, o Twitter do grupo, o Facebook do grupo, Youtube obviamente, onde irá ser publicado o vídeo e o site da JSD. No que diz respeito aos meios de comunicação internos privilegiamos o jornal da Universidade Verão, panfletos, que eu creio que todos têm aí nas vossas mesas, um Teaser, que para quem não sabe já está a ser transmitido no VTV desde esta madrugada, é muito interessante e obviamente, o meio tradicional de excelência, o passa a palavra. A operacionalização da nossa estratégia está dividida em 3 fases. A 1ª fase tem como objectivo captar o interesse e a curiosidade de toda a gente. Para isso temos o Facebook, o blog e o Twitter de grupo. Todos eles estão interligados numa rede. Portanto, cada vez que é publicado um post no nosso blog é enviada uma notificação para o nosso Twitter e para o nosso Facebook portanto todos os interessados convido a visitarem. Como já lhes disse distribuímos também panfletos e o tal Teaser no VTV. Temos aqui o nosso blog, aqui o Facebook como vêm ali tem notificação, o Twitter… Uma 2ª fase será realmente divulgação do vídeo. Para a divulgação do vídeo voltamos a utilizar blog, Facebook e Twitter. Iremos utilizar as contas correio dos membros do nosso grupo, criando o efeito bola de neve que toda a gente conhece. Enviaremos para a nossa lista de contactos e pediremos para que toda a gente dos nossos contactos envie para a sua lista de contactos. E já que o nosso grupo é responsável pela edição do “YouJuv”de 6ª feira e uma vez que a conferência de 6ª feira está subordinada ao ensino superior e portanto educação, iremos tentar de uma forma muito discreta fazer referência ao site do vídeo nessa publicação. Finalmente numa 3ª fase, uma vez que não queremos que este processo seja estanque no tempo e sim contínuo, posteriormente a estas 2 fases iremos publicar continuamente posts nas plataformas que vos apresentei. Estes posts falarão exactamente e desenvolverão melhor as propostas que nós apresentamos nas cenas do nosso vídeo.
Dep.Carlos Coelho
Muito obrigado, de facto não podia ter sido mais rápida. Eu dou a palavra pelo grupo encarnado ao Pedro Cunha.
Pedro Cunha
Boa tarde a todos. Naturalmente sou contra a censura. Mas espero que a Universidade Verão faça tudo para que este vídeo não saia daqui hoje, nem nunca. Nem nunca! (palmas) Estamos todos de acordo que o PS é mau e que o governo de Sócrates é mau. (palmas) Mas eu pergunto: e a alternativa? É essa a alternativa? Que propostas foram aqui apresentadas? O que é que os jovens portugueses vão adquirir ou vão perceber quando virem este vídeo? O que é que os professores, o que é que os pais dos alunos, porque a educação versa sobre todas as áreas e sobre todos os intervenientes vão adquirir, vão perceber quando virem este vídeo? Vão certamente achar que estão a ver o novo vídeo dos Gato Fedorento ou dos Comtemporâneos, (palmas) não estão de certeza a ver propostas da JSD para um novo Portugal. Não estão de certeza a ver propostas da JSD para um novo Portugal! Não é esta a geração de mudança! Isto é mais do mesmo, isto não acrescenta rigorosamente nada do que foi dito até hoje! (palmas e apupos) A vossa campanha de marketing é tudo menos original. O vosso blog tem 2 pensamentos. O próprio título não identifica aquilo que vocês defendem e ficamos exactamente na mesma. Qual é o vosso público-alvo? Não foi definido. Enviar mails ou publicar no Twitter, ou publicar em blogs. Toda a gente faz isso, meus amigos. FENPROF, instituições dos professores, associações de pais, (palmas) associações de estudantes do ensino secundário e ensino superior, envolvimento de instituições do ensino superior Nada disso foi indicado. Este é um vídeo, relembro, de propostas, não de política do bota abaixo nem de brincadeiras de mau gosto. Que foi o caso. Foi aquilo que vimos aqui hoje. Digo-vos, além de não terem apresentado propostas, não identificaram minimamente a forma como o vão fazer e aplicar tudo aquilo que supostamente iriam defender. (murmúrios) Desculpe estou a apresentar. Aquilo que nós queremos são de facto propostas reais, concretas, que cheguem às pessoas e que levem as pessoas, os eleitores nos próximos meses a votar no PSD e a ver o PSD como uma alternativa de futuro. E isso tem que vir da JSD, tem que vir da Universidade Verão. Por isso, mudar de rumo é também mudar de atitude e é fazer coisas bem diferentes daquelas que foram aqui feitas. (palmas)
Dep.Carlos Coelho
Muito obrigado. Pelo grupo bege, Luís Abreu.
Luís Abreu
Muito boa tarde a todos. Lamentável intervenção do grupo vermelho. Não sei se estava a dormir (palmas e aplausos) Deve ser das poucas horas de sono que tem. Deve ser! Estava a dormir enquanto o vídeo estava a passar. (risos) É o seguinte. Não sei como conseguem defender política se só têm prejudicado a educação. E vir para aqui apoiar um governo que só tem prejudicado o país, não sei. E educação é importante. Tem que se tentar propostas, não vamos ficar parados. (risos) É assim, vocês criticaram os meios de divulgação deste grupo. Um grupo não pode ficar parado e eles utilizaram meios interessantes. Podem ser repetitivos, não interessa. É preciso divulgar, passar mensagem e este grupo é original nas ideias que utilizou. Fez propostas, apresentou o que está mal, que é importante e tem muita originalidade nas críticas. E mais, conseguiu contratar com um cash reduzido o actor mais barato do país. Que é o senhor Primeiro Ministro.
Dep.Carlos Coelho
Muito obrigado. Vamos agora ver o trabalho do grupo azul que será apresentado pela Carla Castro. Vamos 1º ver o vídeo.
Vídeo: (música)
Carlos Coelho: Carla tem a palavra.
Carla Castro
Ora em primeiro lugar boa tarde a todos. Em relação à apresentação do filme gostaria de dizer que, como todos viram, no desporto quem fica parado não alcança. Aqui sim como na vida quem não se exprime não se faz ouvir. Atendendo a estes factos o grupo azul optou por, neste filme, conjugar estes 2 factores de forma simples, mas concreta. Em relação à estratégia apraze-me dizer em 1º lugar ao contrário de outros grupos não optámos por entregar flyers nem outros panfletos publicitários. A nossa estratégia é mesmo uma lógica de paperfree. Porque, com todo o respeito pelos outros grupos que o fizeram, obviamente, o nosso público-alvo não está aqui nesta sala. O nosso público-alvo é aquele que queremos alcançar a nível nacional, mas também internacional. Daí que possa dizer que a nossa 1ª estratégia de marketing foi optar por legendas em português e inglês, uma vez que iremos divulgar este vídeo não só em sites nacionais, mas também internacionais como o Facebook, Youtube, etc. Esperamos assim muitas visualizações. Iremos utilizar tags chamativas como sabem a palavra desporto gera muitas visualizações de filmes. E por último resta-me dizer aquilo que estava patente no vídeo “Vai a jogo, vota!” Obrigada. (palmas)
Dep.Carlos Coelho
Muito obrigado. Vamos ouvir pelo grupo laranja o Carlos Maciel.
Carlos Maciel
Boa tarde meus amigos. (palmas) Eu e o meu grupo e o meu amigo Ismael ficámos liquemaníacose por porque não dizer até capiongoscom este vídeo. Se vocês se dizem políticos da selecção nacional então nem nas reservas tinham lugar. Que vídeo tão funesto para os nossos olhos. Isto não passa de pão e circo para os cidadãos portugueses. Isto é atirar areia para os olhos dos portugueses. Votar não é um jogo. É um direito e um dever cívico. E contra a campanha, paperfree, isso é um argumento aceitável, qual é a vossa estratégia de divulgação? Fiquei sem saber nada. Está tudo dito.
Dep.Carlos Coelho
Pelo grupo encarnado tem a palavra Alexandre Oliveira.
Alexandre Norinho de Oliveira
(palmas) Muito boa tarde a todos. Gostaria de começar por saudar a mesa, saudar o grupo azul pelo fantástico trabalho, pela clareza e objectividade que permite que este vídeo seja visualizado por todos os portugueses. Muito bem, os meus parabéns. (palmas) Segundo informações que recebi gostava de congratular o grupo azul pelo orçamento reduzido com que produziram este vídeo. Custou meramente uma módica quantia de 4,95€, o custo da Bola. (risos e palmas) É também com alegria que verifico que no grupo azul se aprende depressa e nessa medida se devia dar uma lição no que é usar o sentido de humor. Vejo que rapidamente aprenderam a mensagem que foi transmitida ontem na convenção, no discurso “falar claro” e souberam fazer um uso essencial do que é o sentido de humor. Souberam aprender, até com o exemplo do Dr. Marcelo aprenderam como o sentido de humor é a pólvora da política. Os meus parabéns. (palmas) Se por um lado reconheço no grupo azul a capacidade de se dirigirem a todos os portugueses e terem usado o futebol que torna o vídeo muito mais fácil para todos os portugueses verem, por outro lado não compreendo muito bem o vocabulário usado pelo grupo ali atrás. Usam palavras estranham e não percebo o que querem provar com essas palavras estranhas. (palmas) Revelaram apenas que, perante um vídeo tão claro, exige-se um esforço simplesmente titânico, mas claramente inconsequente para tirar críticas de semelhante vídeo tão bom. Obrigado (palmas)
Dep.Carlos Coelho
Muito obrigado. Vamos passar para o grupo verde. Vamos ver o vídeo e depois será apresentado pelo Eduardo Sousa.
Vídeo: (música)
- Eu acho que para Lisboa fazia falta um novo teatro e algumas vias de acesso para melhorar a assiduidade de, mesmo ao cento da cidade.
- Ricardo o que achas que faz falta no centro da cidade?
- Penso que … para Lisboa…
- Em Matosinhos há um problema muito grave de espaços verdes. O problema gravíssimo de ornamento de território.
- Em Penacova precisamos de uma variante rodoviária. O trânsito é muito intenso no centro da vila. Existe muito trânsito de vilas envolventes para o centro.
- Na zona da Trofa deverá haver um maior apoio às indústrias pesqueiras.
- Deviam-se construir infra-estruturas ... Essa é a minha opinião.
- Albufeira? Isso ainda é Portugal? Eu acho que isso é Algarve.
- Em Torres Vedras faz falta um maior apoio ao empreendorismo e à indústria do calçado.
- O que realmente faz falta em S. João da Madeira seria a realização da linha do Oeste, que cria a ligação mais rápida entre a cidade e Lisboa.
- Não é de um Estado mínimo. Nós somos sociais democratas. Não somos liberais, mas é um estado mais pequeno, mais de acordo com as nossas necessidades. (palmas)
Carlos Coelho: Eduardo tem a palavra.
Eduardo Sousa
Boa tarde senhor Director. Boa tarde Pedro. Boa tarde caros colegas. Antes de mais espero que tenham percebido o tom sarcástico do vídeo. Tal como frisou o grupo amarelo, andam anos a gozar connosco nós também decidimos gozar um bocadinho. Gozar no sentido de chamar a atenção para este problema. Cada vez precisamos mais de decisões mais próximas das pessoas. O nosso objectivo para este vídeo é lançar a discussão para este tema. Não entendemos para já lançar qualquer tipo de opinião, simplesmente que esta mensagem fique na vossa cabeça, que é preciso pensar em termos de decisões mais próximas das pessoas e qui-ça delegar poderes nas autarquias, nas juntas de freguesia, pensar noutro tipo de organização administrativa para o nosso País. Porque como ilustra o vídeo, só quem é da própria região é que conhece melhor os problemas da sua região. Não são os outros, que conhecem os problemas das outras regiões. Este é o grande objectivo do vídeo: lançar a discussão. Pretendemos lançar a discussão não só através do vídeo. Lançamos uma intranet aqui que podem ver nos placards que estão aí afixados no tecto. Portugal Unido! Podem já começar a dar as vossas opiniões, a participar… Passando agora à parte da divulgação. O nosso objectivo era ter 500 visitas em 5 dias. Felizmente penso que vamos conseguir atingir o nosso objectivo no fim do dia de hoje, já que o nosso vídeo já vai com cerca de 350 visitas. (palmas) Estamos a divulgar o vídeo, como é natural. E como já vem sendo tradicional nas redes sociais como o Facebook, o Twitter e o Hi5. Mas inovámos e apostámos noutras redes sociais. No Tecnoratti que é um site onde nós pomos o vídeo e que divulgamos as nossas tags aí. E será muito mais fácil quando se fizer uma pesquisa por Portugal Unido o vídeo aparecer logo nas primeiras pesquisas no Google. Usamos o Startracker que é uma rede social para talentos portugueses que estão a trabalhar lá fora e também no nosso país. Ou seja, pretendemos atingir um outro tipo de público. Ligamos-nos também a redes sociais mais profissionais como o LinkedIn .Temos também o nosso vídeo divulgado para podermos chegar a portugueses lá fora, para que esses também possam dar a sua opinião daquilo que se passa cá dentro. Pretendemos também, é nosso objectivo, que após atingirmos as 1000 visitas do nosso vídeo que vamos tentar passar o vídeo para a imprensa. Como tal também vamos publicar o nosso vídeo no ChillTime que é o site da empresa que tem uma das televisões em Portugal e que pode ser importante. Por fim, divulgamos o vídeo através de sms’s e chegamos a cerca de 1500 contactos. Não gastámos nenhum cêntimo porque uns são Moche, outros Tag, outros Extravaganza e deu para passar a mensagem sem gastar dinheiro. Concluo a dizer que o vídeo é para passar a mensagem de que temos que discutir o problema, e não para vos dar uma opinião. E mais que o vídeo é fiarmos com a consciência que isto é uma iniciativa e que todos nós temos que dar a nossa opinião porque é um assunto demasiado importante para que a população não se envolva neste problema. Muito obrigado. (palmas)
Dep.Carlos Coelho
Muito obrigado pelo grupo roxo tem a palavra Rui Cepeda.
Rui Cepeda
Muito obrigado. Nós estamos aqui no papel de oposição e o nosso grupo acredita numa maneira construtiva de fazer política, mesmo que em oposição. Portanto não vamos entrar aqui na crítica fácil e no bota abaixo e vamos tentar que as nossas opiniões, divergentes das vossas seguramente em alguns pontos, possam ser construtivas. (palmas e “muito bem”) Eu queria realçar a ideia inteligente que vocês usaram ou que poderia ser inteligente para a transmissão da vossa mensagem. Mas no entanto acho que o vosso vídeo sofreu um pecado capital e já lá vamos. Antes disso gostaria de referir que considero a vossa transição entre a ideia inicial e o Estado mais leve um bocado forçada e eu diria mesmo até um pouco martelada. Como a seguir a imagem do Dr. Marques Mendes também parece um bocado descontextualizada do que é o resto do filme. E o que eu considero ser realmente pecado capital do vosso filme apesar do mérito da ideia inteligente da ironia e do sarcasmo que vocês utilizaram é: vocês não arranjaram uma maneira eficaz de passar a vossa mensagem. Vocês não arranjaram uma maneira eficaz de passar a vossa mensagem. Eu quero perguntar nesta sala, quantos de vocês perceberam o que eles queriam transmitir antes da apresentação que o colega fez? Pedia que levantassem o braço quem percebeu o filme na 1ª vez que o viu sem qualquer explicação. (murmúrios…(ideia que se levantam bastantes braços) “É estratégia!” e palmas) A vossa estratégia de comunicação. Vocês optaram por uma estratégia de comunicação através do papel, impressa, e gostava depois, se pudessem explicar, qual é a mais-valia que vocês consideram em ter optado também por esta estratégia. No conjunto eu penso que a estratégia está muito boa. Mas não consegui perceber qual a mais-valia do papel impresso. (palmas)
Dep.Carlos Coelho
Muito obrigado tem a palavra pelo grupo cinzento Leonor Vieira.
Leonor Fanha Vieira
Bom, antes de mais boa tarde. Queria dar os parabéns à oposição por ter feito uma política correcta, ou uma crítica correcta. (palmas) Depois acho que a ideia está bastante boa. Acho que nós somos uma geração, um bocado de facilitismos e este vídeo leva-nos a pensar e a reflectir sobre as coisas sem serem ideias feitas. Além disso aprendemos ontem na conferência do “Falar Claro” que o sarcasmo é uma das melhores maneiras de chegar às pessoas. Portanto acho que nesse ponto também estava muito bem! Quanto à divulgação acho que estava bastante boa, apresentaram novas plataformas de novas redes sociais, coisa que ainda não se tinha visto até aqui. É de louvar o facto de ter sido feito um vídeo a custo zero e acho que a mensagem estava perceptível, uma vez que o objectivo era gerar a discussão. Portanto acho que estão de parabéns. (palmas)
Dep.Carlos Coelho
Muito obrigado vamos agora passar para o trabalho do grupo cinzento que será apresentado por Carlos Lúcio. Vamos ver o vídeo.
Vídeo: (música)
Carlos Coelho: Carlos tem a palavra.
Carlos Lúcio
Caríssimos, boa tarde. Obrigado pela atenção disponibilizada ao nosso vídeo. Nós trouxemos uma pequena imagem visual da nossa estratégia de comunicação. Em 1º lugar dizer que não vimos no nosso vídeo ninguém a falar, porque nós não queremos ouvir os portugueses a falar sobre coisas, nós não queremos ouvir falar de opiniões. Nós queremos um vídeo, criámos um vídeo para que os jovens e os portugueses se movam. É para isso que nós estamos aqui. Que é para motivar os portugueses. Que é para eles achem e que corram numa direcção. Falando um pouco da nossa estratégia de comunicação, nós esquematizamos isso em 4 pontos. Todos sabíamos antecipadamente onde iríamos colocar os vídeos, creio que isso não foi uma vertente original. (Um minuto inaudível) seria talvez perceber a forma conceptual que está por trás ,qual o objectivo, a forma como queremos construir. E é por isso que resolvemos comunicar esta estratégia desta forma porque muitas vezes o que falta na comunicação é as pessoas contextualizarem. É explicarem de forma transparente como construímos as coisas. E por isso o nosso objectivo, que é muito claro, é a redução da abstenção nas próximas eleições. Nós queremos que as pessoas corram para as urnas para construir um Portugal diferente, para construir um Portugal onde todos nós tenhamos o nosso direito de opção. Escolhemos como público-alvo da nossa comunicação, os jovens. Os jovens porquê? Porque os jovens são aqueles que têm mais força para correr, mais força para mudar, mais força para construir Portugal. E como sabemos quando queremos comunicar uma coisa para toda a gente existe uma forte possibilidade de ninguém perceber aquilo que dizemos. Por isso nós queremos começar pela ponta que mais probabilidade tem de perceber a nossa mensagem, pelo tempo que têm que disponibilizar na internet, pela força que ainda têm para correr. O nosso posicionamento, ou seja, a forma como nós posicionamos a nossa mensagem para que o nosso objectivo seja compreendido pelo nosso público-alvo é… Nós já aprendemos com os nossos erros. Aqueles erros que nós vimos em que aplaudimos Hitler, aplaudimos Mussolini, em que aplaudimos todos estes ditadores que concentraram as nossas decisões… Nós já aprendemos com isso. Por isso agora chegou a altura de acordar para o nosso voto para as nossas decisões. Por isso a nossa estratégia de comunicação tal como foi apresentado pelos nossos grupos foimarketing. Viraltal como foi falado por Rodrigo Moita de Deus, marketingviral é um meio de comunicação neste momento, que tem mais, tem maior eficiência e eficácia; eficiência porque qualquer um pode fazê-lo e eficácia porque facilmente nos permite atingir os nossos objectivos.
Por isso iremos utilizar as redes sociais para conseguir chegar ao nosso objectivo que é a redução da abstenção dos jovens nas próximas eleições. Obrigado. (Palmas).
Dep.Carlos Coelho
Muito obrigado. Vamos agora ouvir pelo grupo bege o Nuno do Carmo.
Nuno Ricardo do Carmo
Boa tarde. Ora bem eu dividiria isto em duas secções grandes: em primeiro lugar eu diria que houve uma grande falta de detalhes no vídeo. Nós temos o rapaz que acorda vestido numa cama feita, ah… (palmas), que tem uns hábitos de higiene minimamente estranhos que só pega no telefone e sai a correr pela porta (alguns risos), que ok tem o elevador ocupado, e por algum motivo vai a descer as escadas e encontra alguém que está lá agachado por algum motivo que não se percebe muito bem porquê (alguns risos), quase que é atropelado pelo único carro que está na estrada, também é uma coisa fantástica, obviamente tem de perder o autocarro e tem de ir de rede expresso para a cabine de voto que deve estar noutro distrito que não se compreende ( alguns risos) e depois chega a uma cabine de voto onde não há a mais pequena privacidade e vota em cima de uma mesa onde qualquer pessoa pode ver qual será o voto, a sua intenção de voto. E nessa mesa de voto está a pessoa que curiosamente estava agachada nas escadas (risos e palmas). Em termos da mensagem propriamente dita vocês dão exemplos de três ditadores diferentes, em países completamente diferentes e com realidades completamente diferentes, realidades que não são Portugal nem nunca foram Portugal. O jovem estaria a ter qualquer tipo de pesadelo, eu nunca sonhei com o Hitler (alguns risos), não vejo porque é que alguém havia de sonhar com o Hitler, e quer dizer, nós, vocês acabam com uma mensagem que diz uma unidade já viveu o pesadelo acordem e votem. Mas tem uma unidade que já viveu o pesadelo não tem de acordar porque o pesadelo já não está cá (semi risos e palmas). Por último em relação à estratégia de comunicação, quer dizer, numa altura de choque tecnológico, eu não percebo como é que, se tem um slide que a maior parte das pessoas desta sala não consegue ler porque está demasiado pequeno, não se passa a mensagem de comunicação que se quer passar. E depois quando se diz que, provavelmente, que há uma probabilidade de ninguém perceber aquilo que nós queremos a mensagem que ou aquilo que nós queremos dizer ou a mensagem que nós queremos transmitir, já estamos a admitir o erro e já estamos que há alguma coisa que está mal (palmas). Logo, no geral, será um vídeo que teria algum potencial, que foi estragado, devido a um grau de amadorismo bastante elevado, e que realmente é uma realidade que não é a que se vive cá em Portugal. Obrigado (palmas).
Dep.Carlos Coelho
grupo castanho.
Marina Gabriela Machado
Em primeiro gostava de dizer boa tarde a todos e gostava de perguntar ao grupo bege como é que pode afirmar que a pessoa que estava na mesa de voto e nas escadas era a mesma? Existem irmãos gémeos (sorrisos e palmas). Em segundo lugar acha que era necessário correr se fosse a parte da manhã? A pessoa simplesmente, o nosso jovem foi trabalhar da parte da manhã, há quem trabalhe, almoçou (sorriu) e dormiu uma sesta (muito bem, palmas). Mas apesar do erro de adormecer, teve a preocupação de quando acordar, correr para chegar a tempo à urna, o que conseguiu (palmas). Diz que não tem grande qualidade? Na minha opinião, a nível técnico, está muito bem concretizado. Está realmente estruturado, pensado e é uma ideia inovadora. Porque apesar de (palmas) tudo ele estava a dormir; não estava acordado. Foram pegar no inconsciente, no consciente por enquanto que se dorme. Apesar de estar a dormir, estava a pensar no que tinha que fazer, não estava desligado da realidade (palmas). Mais essencial é que passaram a mensagem principal que é necessário despertar a tempo senão o maior pesadelo pode-se tornar realidade. Acho que o grupo beje não gostava de recuar 31 anos atrás e voltar a uma ditadura. Tal como o nosso jovem, tal como o nosso jovem correu para a urna para não recuar no tempo (palmas). Esqueci-me de um pormenor: a nível técnico o som acompanhou sempre a imagem. Quando passaram a mensagem principal de votar, a música parou. A música foi crescendo, o seu ritmo, consoante ele corria, o que dá a sensação de desespero para chegar a horas (risos). Vai-me dizer que nunca adormeceu? (palmas). Apesar de não conseguir apanhar o autocarro, correu. Era o expresso? Quem lhe garante que o expresso não estava a substituir uma carreira tradicional? (risos e palmas) E sabe o mais importante chegou a tempo e não polui o meio ambiente (palmas). Por isso o grupo castanho pede um aplauso de pé para o grupo cinzento (palmas e risos).
Dep.Carlos Coelho
Vamos passar, vamos passar ao grupo amarelo. Vamos, peço desculpa, vamos passar ao grupo roxo e vamos passar ao grupo roxo e o trabalho será apresentado depois de vermos o vídeo pela Liliana Vaz de Carvalho.
Música no Coração
E então é o dia das eleições? Siimm. (passarinhos). Então meninas onde é que vão com essa pressa toda? É, se calhar vamos votar. Sim já que não temos mais nada para fazer… Votar? Para quê? Está um dia tão lindo. Vão mas é pastar. Meee, Muuu, sinto que vem aí ventos de mudança. Eu não sinto nada. Então pessoal vamos mesmo ficar aqui a pastar? A erva está tão boa… Vamos deixar que decidam o futuro por nós? Vamos abandonar o nosso dever cívico? Vamos deixar a abstenção ganhar as eleições? Não isso não. Somos nós que passamos pelo mundo ou é o mundo que passa por nós? O homem tem razão. Vocês estão comigo? Sim. Meee. Então vamos a isso (música do Vangelis). Deita-a cá para fora. (palmas)
Liliana Vaz de Carvalho
Boa tarde a todos. O grupo roxo teve o prazer de vos apresentar a campanha do marketing viral de apelo ao voto C mudança. C mudança. Vocês perguntam-se o porquê de nós apresentarmos este vídeo, porquê de nós escolhermos os animais quando todas as tentativas e iniciativas saem frustradas há que mudar e tomar ouro rumo. Aí nós criamos uma fábula que pretende ser inovadora com discurso satírico, apelando ao amor, o humor e cativando os jovens. Em relação ao nosso plano de marketing nós iniciamos o nosso plano através da criação dum perfil próprio de campanha logo na 3ª feira, criando no hi5 um twiter, um facebook e um blogue do nosso grupo. No que diz respeito à divulgação do vídeo, vamos dar as novas tecnologias. Eu não quero ferir susceptibilidades, ferir susceptibilidades mas no momento em que falamos tanto de problemas da biodiversidade, da pegada ecológica eu acho que num grupo tão pequeno, não há necessidade de andarmos a gastar papel. Então o nosso grupo optou pelo uso das novas tecnologias, colocando o nosso vídeo no Youtube em páginas pessoais, blogues e redes sociais dos membros da nossa equipa, colocando o link ao acesso, o acesso ao link no jornal da UV, divulgando o nosso link através dos membros do UV e da sua mailing list, divulgando o vídeo em todas as secções do PSD e da JSD que reencaminharão para os seus mailing contacto e fazendo um pressreleasede forma a comunicar à imprensa a realização da nossa campanha e também através de SMS. Obrigada a todos. Só gostaria de deixar mais um pormenor quando tudo falha ao lema que temos de seguir. Fonseca “… deita coisas cá pra fora ih, ih, ih (risos e palmas) obrigado.
Quando tudo falha (Liliana) – deita o Sócrates cá para fora (moderador). Deita o Sócrates cá pra fora meninos (Liliana). Ah, Ah, palmas. Moderador Eu repito, eu repito vá lá mais devagarinho “Deita o Sócrates cá para fora, deita o Sócrates cá para fora”. Palmas.
Dep.Carlos Coelho
Muito obrigado Liliana. Vamos agora passar a ouvir pelo grupo amarelo o Ricardo Gonçalves.
Ricardo Gonçalves
Boa tarde. Eu tenho algumas considerações a fazer a este vídeo, quero dizer que, enquanto professor acho que tenho de ter uma postura pedagógica, apesar da pedagogia ser utilizada com crianças. O termo +pedagogia é para usar com crianças. Quero dizer que eu achei graça ao vídeo, acho que o vídeo está engraçado, acho é que é dirigido a um público muito jovem. Será, é um vídeo muito infantil e portanto é tão jovem que não pode votar (vozes: muito bem). Depois também fazem uma fábula. Acho que acaba por ser um bocado ridículo e acaba por desrespeitar os animais que entram na mesma (risos). Quero ainda acrescentar que não vejo nenhum eleitor a ficar muito convencido ao ser comparado com uma ovelha que é um animal sério e inteligente (muito bem). Por outro lado quero dizer também que a inteligência e a consciência não andam em rebanho (muito bem). Acho também que a abstenção é um assunto muito importante para ser abordado como foi duma forma muito superficial, muito pouco responsável e com um trabalho que demonstra muito pouco tempo de aplicação, de muito pouca aplicação para a importância que a abstenção tem nos dias de hoje em que os jovens não votam. Houve uma ovelha que disse porque é que vamos votar? Vamos votar porque não temos nada para fazer. Não se vota porque não se tem nada para fazer, mas porque é um dever cívico (muito bem palmas). Tenho pena que tenham ido pelo caminho errado. Foram por um caminho que desresponsabilizaram completamente a ideia da abstenção e a gravidade da mesma e após ver este vídeo, eu nem sequer vou abordar a questão do marketing porque esta mensagem não chega a ninguém de que maneira for. Obrigado (muito bem palmas).
Dep.Carlos Coelho
Muito obrigado. Vamos agora ouvir do grupo azul Marlene Fernandes.
Marlene Fernandes
Bom, boa tarde a todos. É de saudar o reconhecimento feito pelo grupo amarelo de que uma oposição deve ser feita de uma maneira construtiva. Mas vocês são uns exagerados, são uns exagerados com tantas críticas que são feitas, críticas aliás sem sentido, trata-se o vídeo que nós acabamos de ver de uma abordagem humorística para cativar a atenção de um grupo etário. Vocês estão incluído neles de que a abstenção (comentários), de que a abstenção não é um caminho, utiliza a fábula para chamar a atenção de que votar é um dos exercícios mais importantes da vida democrática. Pois é; critica-se sagazmente a ineficácia dos partidos políticos autores principais da vida democrática para transmitirem a sua mensagem e o desinteresse que existe hoje em dia pelos jovens na orientação do país. Pelo que, o vídeo que acabamos de ver atingiu o objectivo pretendido ou seja transmitir aos jovens, o público-alvo, de que têm o exercício do direito de voto e de que o deve exercer (bem, palmas).
Dep.Carlos Coelho
muito obrigado. Vamos agora passar para o grupo castanho. Depois de ver o vídeo, ouviremos a apresentação do Carlos Soares Moreira.
“Olá está boa?
Muito prazer sr Eng. José Sócrates, por aqui? Em que posso ajudá-lo?
Minha cara. Quero uma bebida. Tive um dia terrível.
Ai sim?
Sim. Olhe, vá isto tudo começou no Governo, a Oposição a fazer frente e depois é sempre a mesma coisa. E depois sabe, são estas coisas que fazem um dia terrível.
Se me permite, acho que o aconselho este cocktail laranja.
Porreiro pá, como sabe tanta coisa?
Sabe como é sou licenciada em Psicologia.
Ai que chatice e a trabalhar num bar? Mas sabe, até faz uns excelentes cocktails. (Música)
Carlos Soares Moreira
Boa tarde meus senhores. Boa tarde cara mesa. Eu não preciso de começar por falar de como vamos fazer chegar o vídeo e a nossa mensagem aos demais porque eu penso, o meu grupo pensa, o grupo castanho pensa que vocês os nossos colegas são um motor muito importante na difusão da nossa mensagem e por isso, o principal é que vocês percebam a mensagem e percebam onde o grupo castanho quer chegar. Em 2009 aumentaram as vagas no ensino superior dos cursos com maior número de desempregados. Isto cabe na cabeça de alguém? Já temos as Universidades Privadas a mandar para o mercado, economistas mal formados, enfermeiros mal formados (protestos) calma, não estou a generalizar, perdão, calma, não estou a generalizar, peço que me deixem falar que eu não interrompi ninguém. Eu já vi anúncios onde pediam médicos dentistas excepto de uma universidade específica. Por isso não digam que não pois isto acontece (não foi da minha). Não foi da tua mas isso não interessa. Há universidades privadas muito boas e ninguém está a pôr isso em causa. Só estou. Pronto… posso avançar? A taxa de desemprego de jovens licenciados é preocupante, galopante, alarmante, chamem-lhe o que quiserem mas não podemos continuar assim. Temos oferta de trabalhadores de jovens que normalmente não têm experiência ou às vezes os que já não é de 1º emprego, os de 2º emprego temos uma oferta enorme e não temos onde os pôr. E isto, para que não estejam a reclamar, não custa a mim, não custa a vocês mas custa a todos nós. Mas não é de entender e de ver pessoas desempregadas e ficarmos tristes. Custa-nos dos bolsos. Falo de nós que pagamos impostos que vão para os subsídios. E não podemos permitir que isto continue assim. O nosso grupo propõe adequar o nº de vagas ou seja diminuir o nº de vagas e não permitir que o governo colabore com uma crescente taxa de desemprego de licenciados. Principalmente nos cursos como já vimos que aumentam vagas quando o mercado está saturado. Não vão discordar de mim, presumo (palmas). Não vamos deixar crescer estes números. Pronto, e agora, como é que vamos fazer? Voltar a referir. Como vamos fazer é fácil, não vamos diferir muito de vocês. Vamos pegar no facebook tanto nos pessoais, como do grupo, como da JSD nacional e da Universidade de verão, lançarmos da JSD a velha história dos emails pessoais e por aí fora, mails para todos os militantes da JSD a fazer com que o vídeo passe e chegue à imprensa que é o mais importante; a fazer com que o vídeo passe na televisão, apareça um link nos jornais como já começa a acontecer e clarose o novo Portugal existe é para o usarmos. E vamos tentar vender a nossa mensagem também pelo novo Portugal que é para isso que ele serve. Obrigadíssimo (palmas).
Dep.Carlos Coelho
Do grupo azul tem a palavra André Fernandes.
André Fernandes
Bom eu pensava que ia fazer de oposição mas eles já fizeram (palmas, muito bem). Primeiro eu não sei porque é que as pessoas hão-de ver este filme; é chato e com certeza que não é só por ter uma actriz gira que atrai os jovens, não é. Depois, mesmo que o vejam não vão com certeza ouvi-lo sendo baseado num diálogo que não se percebe minimamente o que é que as pessoas falam e portanto a mensagem não passa de todo. E mesmo que o ouvissem, a mensagem não dá para entender sequer o que são os númerus clausus que estão em causa. Portanto acho que o tema não está minimamente tratado como deveria. Obrigado (palmas).
Dep.Carlos Coelho
Pelo grupo roxo Jorge Pereira.
Jorge Pereira
Ora bem eu vou ser bastante breve por 2 motivos. Primeiro que tudo acho que o vídeo tem tudo para ter sucesso. Basta ver só a 1ª parte, não sei se reparam, mas o nosso caríssimo engenheiro está de costas. E sabem porque é que está de costas? É das olheiras, porque ele sabe que vai perder as eleições com propostas como estas da JSD. É com propostas destas que eles vão perder as eleições. Há aqui alguém que não se sinta como aquela jovem ali atrás do balcão? (muito bem e palmas) Nós vamos deixar que nas próximas eleições a situação continue? É possível isto? E depois há outra coisa, não sei se perceberam, mas ele provou ali uma coisa muito especial. Provou o poder laranja. E o poder laranja é irresistível. E portanto eu penso que no dia 27 se não me engano vamos ter novo governo. Vamos ter novas propostas e creio que este vídeo ajudou bastante nisto. Obrigado. (muito bem e palmas)
Dep.Carlos Coelho
Muito bem vamos agora passar para a apresentação do último vídeo. É o vídeo do grupo laranja. Será depois apresentado por João Annes.
Vídeo: (música)
João Annes
Boa tarde a todos! Eu fiz questão, quando estávamos a observar este filme, vi um pouquinho para a frente e poder olhar para vós, para constatar se tínhamos atingido ou não o nosso objectivo que era informar, mas acima de tudo pôr as pessoas a pensar um pouco. Espero ter atingido esse objectivo, foi essa a sensação que tive. Olhar nas caras de todos vós e ver que tinham assimilado a mensagem política e acima de tudo a mensagem de luta contra a abstenção que nós queríamos. Luta contra a abstenção porquê? Por todas as razões que temos aqui. Sentem-se mais seguros. Sentem-se… conseguem arranjar facilmente emprego. Sentem que a nossa saúde, as nossas pensões o nosso futuro, quando nós chegarmos a uma faixa etária mais avançada estão assegurados. Estes para nós foram alguns problemas que nós achamos que são aqueles problemas que podem despoletar uma mudança na juventude portuguesa. E podem levar-nos para uma nova dimensão. E que dimensão será essa? Somos nós todos, os jovens, que temos os instrumentos para protagonizar a mudança e está na mão de todos nós conseguirmos aplicá-la e conseguirmos dinamizá-la. Esta foi a nossa estratégia de marketing. Nós definimos um target. O target é a juventude, foi nesse sentido que fizemos este vídeo. Permitimos utilizar nesta fase inicial de campanha flyers para chamar a atenção para os conteúdos que tínhamos online. Esse era o principal objectivo. Utilizamos o Facebook e o nosso blog apenas para impedir que a nossa informação pudesse ser contaminada por qualquer tentativa de contra-informação por parte de partidos como por exemplo o Partido Socialista. E portanto as pessoas saberem que as informações todas, desta campanha, vêm apenas daquelas duas fontes e sabem que ali é fidedigno e tudo o resto não o será. Pelo menos do ponto de vista da mensagem que queremos proclamar. Divulgamos por email também e fizemos um teaser. Um teaser porque a estratégia de comunicação desta candidatura, deste vídeo que é candidato a ser uma campanha tal como todos os vossos começou no 1º dia da Universidade de verão quando soubemos que tínhamos de fazer um filme. E fizemos um teaser e fizemos um flyer, peço desculpa, fizemos uma imagem no youjuve, exactamente gera-se um bolt da geração que queria imprimir um movimento, fizemos um teaser que todos tiveram oportunidade de ver conseguimos colocá-lo na uvtv, conseguimos colocá-lo online também exactamente para continuar a reforçar essa imagem de movimento, vamos arrasar com os vossos limites e tentamos fazê-lo até agora não talvez da forma mais chocante mas acima de tudo de maneira a despoletar um raciocínio. Esse raciocínio foi as interrogações de que há pouco vos falei. Porque acima de tudo o que temos de fazer é pôr a juventude a pensar. Temos de acordar nem que seja dar duas bofetadas pela manhã como às vezes temos de fazer a nós próprios quando dormimos 2 horas por dia como temos feito nestes últimos dias e portanto, nem que seja dar uma bofetada em mão e dizer aos jovens acordem, estamos em perigo, estamos em grandes dificuldades e só nós podemos ser os agentes da mudança. E portanto temos de ser nós e têm de ser vocês também e todos vocês porquê? Não são só os 10 elementos do grupo laranja que vão protagonizar esta mudança. Eu gostava muito de vos contar uma história e com isto terminar a minha intervenção. Em 1969 sete jovens tentaram angariar fundos para um projecto musical. E convidaram os amigos para participar com as suas bandas e trazerem os seus amigos. Eu faço votos para que o projecto do grupo laranja bem como todos os projectos de todos estes grupos dêem início ao acordar da juventude portuguesa.
Precisamos, hoje mais do que nunca de um festival de Woodstock. Porque se eles conseguiram com sete pessoas, fazer um evento que mudou a sociedade, mudou o mundo, porque é que nós que somos 100 aqui, com as nossas ideias com a nossa capacidade, porquê que todos nós juntos não vamos conseguir fazer essa mudança? Muito obrigado (palmas).
Dep.Carlos Coelho
Pelo grupo rosa tem a palavra Pedro Pereira da Silva.
Pedro Pereira da Silva
Boa tarde. Antes do mais só um aparte a quem fez oposição primeiro a nós, o grupo cinzento. Eu acho que o grupo cinzento quando tem um Excelentíssimo deputado que vem dizer que não quer que os portugueses falem e que têm um vídeo que foi a desgraça que foi, acho que mais valia nem falar. Bem mas isso era um aparte (uh, uh..). A falar do grupo laranja, a nível de marketing inicial, o vosso marketing foi simplesmente um desastre. Para quem foi almoçar, eles deixaram isto nas mesas. Acho que isto nem é esclarecedor nem apelativo termos da abstenção, contra a abstenção. É uma coisa cinzenta, é uma coisa que o slogan não nos diz nada, os sites dos blogues não são nada contra a abstenção. Qual foi, antes acima de tudo, qual foi o vosso contributo para diminuírem a abstenção durante as eleições europeias? É que se foi igual ao vosso vídeo, então foi completamente zero. A nível de facebook, não, desculpem. Desde quando, aquelas imagens que apareceram, que foram imagens de guerra e de confrontos e de manifestações, desde quando é que aquelas manifestações são uma realidade em Portugal? Desde quando é que aquelas manifestações se passam aqui em Portugal, talvez em França, em Paris, em Portugal não é assim. Há outra imagem que vocês usam como slogan de campanha que é um slogan do Bloco. Acho que nós na Jota não nos revemos no Bloco, nós na Jota não somos demagogos, nós na Jota lutamos pelos nossos ideais não lutamos pelos ideais dos outros. O target, o vosso target, em termos de marketing foi a juventude. Então e as outras pessoas, também não votam? É só dos 18 aos 30 ou as outras pessoas também votam, também têm opinião também podem fazer parte desta mudança. Se todos somos, como disse, como mostrou um grupo em termos de influência somos todos ovelhas, então quer dizer que um pode influenciar outros, porque é que não podem ser os jovens a influenciar os idosos ou os velhos, os mais velhos que nós? Obrigada.
Dep.Carlos Coelho
tem a palavra pelo grupo amarelo, João Conde.
João Henrique Conde
Muito boa tarde a todos. Eu percebo a postura do grupo rosa. Veio para aqui com um mecanismo demagógico e populista tentando mandar areia para os olhos dos portugueses. Porque o que preocupa a eles não é a abstenção; eles querem é que a abstenção continue. Porque basta recordar muito bem o vídeo que eles apresentaram, apresentou a bancada do parlamento português e que apareceram as fotografias deles. Eles querem lá continuar, não querem que os jovens participem (palmas). Eles não querem mais gente a participar porque eles querem ser aqueles senhores que vão para o parlamento de fraude e saem de lá de bengala. É esse o problema. Vocês querem é continuar (sempre com palmas pelo meio). Vocês querem é a abstenção a altos níveis. Depois atacam imagens de insegurança. Eu recordo, eu sugiro que façam uma visita à Lusa, à RTP e vejam as imagens do que se está a passar no Seixal. Não sei se têm conhecimento (é igual a França? - comentário). Não é igual a França. As imagens eram de França? Imagens para reflexão. É a ideia, é a ideia para que a juventude reflicta. Os portugueses reflictam. Os problemas que existem em Portugal, da juventude, da insegurança, o desemprego e agora vir falar que tinham uma imagem do Bloco de esquerda? ….. E depois (então revê-se no Bloco), não é no Bloco. Estavam muito manifestantes, não estavam? Não me digam que todos eram militantes do bloco. Acredito que havia muitos trabalhadores dos sociais democratas naquele momento na manifestação (palmas). Depois a Saúde, a Saúde; o grupo laranja mostrou um exemplo dos atentados que fazem ao Interior e que muitos dos jovens estão no interior como o exemplo de Chaves que têm de sair das suas povoações para ir para o litoral à procura de novas oportunidades. O laranja tocou na ferida, (palmas) tocou na ferida, eu percebo a vossa insensibilidade a essa questão. Muito obrigado.
Dep.Carlos Coelho
Muito bem. Estão de parabéns, estão de parabéns pelo esforço e pelo empenho que colocaram, para o trabalho de grupo para o qual tiveram muito pouco tempo para realizar e com tecnologias que na maior parte dos casos não estavam habituados a manipular. Eu tenho só 4 comentários breves antes de passar a palavra a outros comentários. Primeiro comentário: muitos dos filmes tinham problemas de som. Quem está habituado a usar as handycams, uma câmara de filmar portátil para fazer filmes familiares, está habituado a um contraste que é quem faz a pergunta, quem está com a câmara ao ombro a voz fica sempre mais forte do que a pessoa que está mais longe da câmara e que responde. O som é uma questão essencial. A eficácia do filme pode ficar prejudicada pela qualidade do som. Houve designadamente um, o do alentejano em que o som ambiente sufocava a comunicação. Para isso há diversas técnicas; bem sei que nós aqui não tínhamos material muito sofisticado como é o microfone de lapela, ou o microfone direccional para garantir que o som que nós queremos se sobrepõe ao som que nós não queremos. A mesma coisa com a luz; houve alguns filmes que tinham contraste entre planos com muita luz e planos com pouca luz, por uma simples razão porque uns foram feitos de manhã, uns de dia outros à noite, uns lá fora outros dentro. O contraste da luz diminui também a eficácia do filme e as duas únicas questões técnicas que eu queria colocar têm a ver com a luz e com o som. Portanto amanhã quando fizerem filmes com maior nível de responsabilidade, que não sejam apenas um exercício pedagógico, tenham muita atenção à luz e ao som. Sobre a polémica que aqui tivemos, eu não gostei muito dela para ser sincero. E a culpa provavelmente foi minha porque não expliquei bem o que desejava.Receio que a ideia que eu vos dei de que isto podia ser a antecâmara da assembleia vos tivesse sugerido uma veia parlamentar que eu não desejava. Sinceramente acho que o ataque mais eficaz foi o do Nuno do Carmo àquele filme do jovem que se levantava e corria para o autocarro. O Nuno foi demolidor nas coisas que disse, umas com mais justiça outras com menos justiça, mas todas muito, muito criativas sem ter nenhum tique parlamentar. Foi uma intervenção serena, sarcástica, mas foi a mais eficaz a demolir o filme, que aliás é um bom filme. Quem ouvisse o Nuno do Carmo diria que o filme não prestava para nada. Portanto não foi necessário simular um debate parlamentar, não foi necessário projectar presunções de estratégia ou de slogans ou de motivações de natureza política para fazer bem, o exercício de demolição do filme. Assim como alguns de vós deixaram-se interromper ou iniciaram uma interacção com a assembleia como quando pedirem para levantem os braços, ou perguntando o que é que acham. Geralmente isso é trágico; trágico porque ainda que a maioria da assembleia esteja do vosso lado, quem se vai manifestar é quem está contra vós, não é quem está do vosso lado, portanto, não devem permitir interrupções, e devem ser completamente indiferente, se elas são tentadas. Os cães ladram e a caravana passa, numa assembleia é rigorosamente assim.Alguns filmes não foram felizes a ligar a mensagem que tinham à mensagem escrita. Um exemplo concreto: um dos filmes que mais gostei foi o filme, em que o protagonista está parado. Está parado a jogar dominó, está parado na baliza. Achei um filme muito criativo, mas na minha opinião o grupo não tirou partido da imagem forte. É dos filmes que tem a imagem mais forte. Nós acabamos o filme a ver a imagem parada. Eles são muito claros na sinopse. Dizem “no desporto ficar parado é ridículo”. Esta frase tem uma força notável. Nunca aparece no filme, mas devia aparecer, para associar à apreensão que as pessoas têm da imagem!! Não votar é estar parado. Esta era a mensagem que tinha que aparecer e não apareceu. Não foi só este exemplo, estou a tomar este… porque foi dos filmes que mais gostei… associar a mensagem à imagem é fundamental para que seja consequente. Outro filme que gostei muito foi o dos animais, a fábula. E os animais têm pormenores de realização, queria chamar à atenção que vocês não se aperceberam ou por vícios ou de concretização ou porque são muito subtis, mas que são muito interessantes. Por exemplo o cão pastor que dissuade as ovelhas de votar tem a voz do Sócrates. É uma subtileza. Eu não me tinha apercebido disso.
Texto Cão
(só me apercebi por causa dos documentos que vocês apresentaram por escrito). É dos pormenores que entram no subconsciente, uma pessoa associa a voz do mauà voz do nosso adversário político. E como mais tarde vieram a perceber a última imagem que é muito curta (são 4 ou 5 segundos) das duas vaquinhas , já de pois de aparecer o genérico, elas dizem “ deita o Sócrates cá para fora “. Seria necessário que a formulação não fosse tão rápida.. ninguém percebeu o que é que a s vaquinhas disseram. Está demasiado acelerada. De resto, foi dos filmes que mais gostei e acho que a ideia está genial.
Estes eram os meus comentários gerais.
Vamos ainda ter quatro momentos:
-vou pedir ao Duarte Marques para assinalar o que é que ele gostou mais nos filmes que todos vimos.
-vou pedir ao Pedro Rodrigues para fazer os seus comentários finais. Será a intervenção de encerramente deste exercício.
-vamos ver um filme da JSD, que o Pedro Rodruigues vai explicar porque é que achou importante que nós víssemos agora.
-e haverá uma votação da avaliação da utilidade desta secção e uma votação por voto secreto sobre os filmes.
Duarte Marques
Olá boa tarde a todos.
Eu não sou cinéfilo nem realizador, mas queria dar-vos o meu testemunho, porque já tentei fazer vários vídeos e eu, o Pedro e o Secretário Geral da JSD com algumas outras pessoas tentamos muitas vezes fazer vídeos e já fizemos alguns com grande sucesso , outros deram mais trabalho , mas levaram sempre muitas horas a preparar, muito tempo, brainstorming…
E o que vocês fizeram em 2 dias tendo em conta que não têm formação para isso que não tiveram tempo só para isso, felizmente. E que nem tinham os meios, ou o conhecimento técnico para fazer aquilo que pensaram é absolutamente notável. Eu acho que na generalidade a maior parte das ideias foram muito boas. Há alguns que eu assinalo que foram mesmo geniais e não queria estar a destacar, mas de facto o vídeo das vacas, o da decisão e o do futebol são fantásticos. Nós temos andado a fazer vídeo, a passar vídeos sobre abstenção e nós queremos usar vídeos destes no combate da abstenção nas eleições. E vamos usar os vossos vídeos se deixarem. Agora tenho também noção que os vídeos da abstenção, deixem-me dizer isto, são mais fáceis de fazer que os dos temas. Ou seja, é verdade que quem ficou com os temas, e justiça seja feita, é muito mais complicado fazer o vídeo, imaginar uma ideia em tão pouco tempo. Agora gostava de dizer o quê? Na generalidade acho que escolheram boas músicas. Acho que foi uma coisa que como os vídeos… acho que quase todos ou todos tinham boas músicas e adequadas. Acho que houve aí um vídeo ou outro, que eu não quero especificar, mas que as pessoas sabem, quem o fez, que tem demasiados tempos mortos e que acaba por perder a atenção. Eu acho que, pela experiência que tenho, um vídeo com 2 minutos é uma maravilha. Tem que ter ritmo, tem que ter suspense, tem que ter alternância de música a ver com a mensagem. E muitas vezes nós que fazemos os vídeos temos uma ideia sobre ele, mas não é a ideia que passa, ou seja, o que queremos explicar não é entendido pelos outros. Agora, o meu testemunho era um bocadinho este. As críticas estão feitas, não quero individualizar. Os elogios são mesmo… foram mesmo 3 excepções. Mas é absolutamente notável o que vocês juntos, 10, 9, 8 pessoas em poucas horas conseguiram imaginar para os vídeos e ter tempo de os fazer e de os montar. Além de tudo aquilo que conseguiram fazer e tentaram fazer. Estão todos de parabéns. Os resultados foram fantásticos e é por isso que tenho orgulho em ser da J. Obrigado.
Pedro Rodrigues
Boa tarde a todos. Eu não gosto de falar sentado por isso é que vim para aqui, é só por isso. Em primeiro lugar quero-vos dar os parabéns. Dar os parabéns porque foi notável o trabalho que fizeram e que hoje tiveram a oportunidade de apresentar. Eu não sou especialista nesta área. Já o Carlos fez os comentários que tinha a fazer sobre a matéria e o Duarte também, mas eu não queria deixar de vos dizer aqui 3 ou 4 notas. 1ª: para vos transmitir que durante estas 2 horas senti um misto de satisfação e orgulho, mas também alguma angústia. Satisfação porque de facto foram 2 horas magnificamente bem passadas, com trabalhos extraordinários, com excelentes produções, com excelentes ideias e com excelentes apresentações da generalidade de todos vocês. Orgulho porque de facto isto é uma selecção nacional e isto é mesmo a geração de mudança. Vocês são de facto espectaculares. (palmas) Mas também senti uma enorme angústia porque eu, o Duarte, o António e outros temos passado horas e horas a tentar pensar em filmes e temos gasto uma pipa de massa em filmes, e vocês chegam aqui e em 4 horas e mostram isto aqui sem custo nenhum. De facto nós temos muito a aprender convosco e a aproveitar as vossas ideias. Nós pedimos para fazer este exercício porque de facto hoje a política tem que mudar a forma de comunicar. O mundo mudou, a sociedade mudou, a forma de estar das pessoas também mudou, a sociedade mudou, o mundo económico mudou, a vida em sociedade mudou, a cultura mudou e os partidos políticos também têm que mudar, também têm que se organizar de maneira diferente e também têm que comunicar de maneira diferente. As preocupações que o Carlos Coelho tinha, há 50 anos quando era presidente da JSD (risos), e o que eu tenho hoje são exactamente as mesmas. A defesa dos jovens portugueses e a procura de um futuro melhor para Portugal. Só que os mecanismos que o Carlos tinha na altura para comunicar com os jovens são totalmente diferentes daqueles que eu hoje tenho e que nós hoje, todos aqui, temos. Na altura o Carlos, julgo eu, deveria andar preocupado atrás dos jornalistas, dos jornais da altura para uma noticiazinha no jornal da altura ou no telejornal e hoje, devo dizer-vos, que não me preocupa rigorosamente nada aparecermos no telejornal. A mim não me preocupa rigorosamente nada que os jornalistas do Público ou que os editores de política ouçam aquilo que nós temos para dizer. Porque hoje nós temos um meio poderosíssimo à nossa disposição que é a internet. E mais, não só é um meio poderosíssimo como é aquele em que os jovens estão e onde os jovens se encontram. Nas redes sociais e na internet. Eu pessoalmente eu não vejo telejornais, eu não sei se algum de vocês vê, os meus amigos não vêm telejornais. Os meus amigos vêm jornais online. Vêm os blogs. Estão nas redes sociais. Eu faço notícia ao segundo. E isto é uma enorme liberdade para quem faz política também, mas é uma enorme responsabilidade também porque aumenta a capacidade de todos nós fazermos política. É que agora, já não são só os senhores jornalistas que fazem a opinião. Já não são só os senhores deputados e os senhores que fazem parte dos directórios partidários que fazem política. Somos todos nós e qualquer um de nós pode fazer política e pode fazer opinião. Eu não preciso que o Zé Manel Fernandes do Público me convide para escrever um artigo porque se eu quiser faço um blog e digo aquilo que eu tenho a dizer sobre qualquer matéria. Eu não preciso de perguntar a alguém da direcção nacional do partido o que é que pensa sobre qualquer coisa porque eu posso dizer aquilo que penso. Em forma instantânea no Facebook, no Twitter, num blog ou qualquer outro meio e na internet. E isto é uma revolução completa e absoluta. Não só na forma de nos relacionarmos do ponto de vista social, mas também um revolução absoluta na forma de fazer política e quem não entender isto, não entendeu nada daquilo que hoje se passa em Portugal e do que se passa na política em Portugal. E por isso o grande desafio que temos hoje, se queremos de facto ser a geração da mudança, se queremos de facto construir um novo Portugal e se queremos de facto liderar a juventude portuguesa temos que estar onde eles estão, temos que falar a mesma linguagem deles, temos que ter as mesmas preocupações deles, mas temos que comunicar como eles também comunicam. E os jovens hoje comunicam assim. É extraordinário como é que… aliás o Carlos Coelho organiza formações políticas há muitos anos e participou no seu tempo em formações políticas de grande qualidade com certeza no Instituto de Sá Carneiro na altura. Mas há muitas diferenças. É que o Carlos Coelho quando participava como aluno, na altura estava desse lado e devia ser um aluno razoável, julgo eu, enfim… não tão bom como vocês com certeza (risos). Mas quando o Carlos Coelho participava em acções de formação no Instituto Sá Carneiro havia uma grande diferença. É que a formação política podia ser de grande qualidade. Mas ficava ali na sala. Hoje é extraordinário o que nós estamos aqui a fazer. Está a ser visto por todos quanto têm acesso à nossa intranet. E são já no mínimo 600 e tal pessoas, mas está a ser acompanhado por milhares de pessoas através da redes sociais. A prova disso é que há praí uns jornalistas que andam a mandar umas bocas no Twitter, mas a verdade é que se isto que vocês fizeram não fosse tão bom eles não estavam atentos e não estariam a perder tempo para comentar. E portanto essa é a diferença, essa é a diferença. É que hoje fazer política está ao alcance de todos nós e de cada uma de nós. O que significa que para usar uma imagem que um grupo usou no seu vídeo não temos o direito de ficar parados. Não temos o direito de ficar de braços cruzados à espera que os outros façam por nós. Não temos o direito de esperar que é o vizinho do lado que vai resolver os problemas da nossa comunidade, da nossa escola, da nossa universidade, da nossa cidade ou do nosso país. Não temos esse direito. Temos a obrigação e o dever de dizer que queremos mudar, mas temos que fazer alguma coisa para mudar. E hoje está ao alcance de todos e de cada um de vós fazer alguma coisa para mudar o nosso país e para mudar a vida das nossas comunidades. Esse é o vosso dever e essa é a vossa responsabilidade. Mas comunicar não é só ter mensagem formal. Comunicar é ter conteúdo também. Eu acho que é muitíssimo importante como ontem aprenderam no “Falar Claro” ter um bom envelope, ter um bom embrulho. Mas tão importante como o embrulho é o que está lá dentro. Um especialista de comunicação na altura apoiou o Partido Socialista dizia que vender políticos é como vender sabonetes. Era o que mais faltava. Vender políticos não é como vender sabonetes, vender ideias não é como vender sabonetes. Temos que saber vender as ideias, mas as ideias têm que ser boas e portanto é determinante e fundamental que vocês também trabalhem os conteúdos. E que nunca se esqueçam que mais importante que a forma é o conteúdo. Eu vou-vos fazer 2 desafios apenas para terminar. O 1º é que se juntem a nós durante as próximas 2 semanas para connosco, com a JSD, com o PSD fazerem campanha, esta um bocadinho mais tradicional. Que também é importante. Vamos estar, vamos correr o país ao lado da Drª Manuela Ferreira Leite rumo à vitória no dia 27. Vamos ter uma volta nacional a acompanhar a líder do partido, serão cerca de 20 dias. Não precisam de estar os 20 dias. Poderão revezar-se, fazer alguns turnos. Mas era importante para sentirem a dinâmica da JSD, sentirem a dinâmica do país e ajudarem o PSD, a Drª Manuela Ferreira Leite a chegar à vitória no dia 27. Também é importante esse tipo de campanha, a campanha mais tradicional. Quem quiser e tiver vontade de se juntar a nós dê-nos o vosso contacto para organizarmos a vossa presença e a vossa participação. O 2º desafio que vos faço é que agora possamos ver um vídeo que lançámos recentemente. O vídeo tem um objectivo. O objectivo de dizer aos portugueses e aos jovens portugueses que é possível mudar se todos nós tivermos a possibilidade e a vontade, e a disponibilidade de participar. Essa é a mensagem. E o que eu vos queria dizer é que este período desta semana na Universidade Verão, espero e tenho a certeza e a esperança que assim será, que tenha permitido que vocês saiam daqui com mais vontade de mudar, com mais vontade de participar, e de se juntarem com mais força, com mais determinação e com mais convicção à geração de mudança para construirmos todos juntos um novo Portugal. Muito obrigado. (palmas)
Vídeo: (música)
- Bom dia Luís. Isto hoje está muito calmo não está?
- Está sim sr. António. Então o que vai ser hoje? É o costume?
- É o costume é! É o costume e não passamos disto! São as empresas a fechar e o desemprego a aumentar. É a educação é o que é! E a justiça não funciona! Ou isto muda ou não sei onde vamos parar. Só se lembram de nós quando há eleições. E depois ninguém nos dá ouvidos. Se isto fosse comigo (discurso imperceptível). Porra! Ouçam mais as pessoas!
- NovoPortugal.eu.
- NovoPortugal.eu?
- NovoPortugal.eu, o 1º programa eleitoral feito por todos.
- Feito por todos?
- Sim! Onde todos, mas mesmo todos podem participar. Fazer as suas propostas, comentar as propostas dos outros, apresentar alternativas, votar nas várias alternativas, adicionar vídeos e documentos de suporte… enfim. Uma forma acessível aberta e transparente de participação.
- Palavras sábias Luís. Palavras sábias.
- NovoPortugal.eu, eu participo.
(música)(aplausos)
Dep.Carlos Coelho
Últimas notas antes de fecharmos a sessão. 1º esta não foi uma sessão como as outras, mas foi uma sessão. Isto é, foi um trabalho. Maioritariamente, quase praticamente feito por vós. E faz todo o sentido que vocês avaliem a utilidade desta sessão, tal como avaliaram a utilidade das outras. E 1ª coisa que vos queria pedir era que pegassem nos vossos cartões de voto e responda à pergunta: esta sessão foi ou não útil? Já sabem que 5 é muito útil, 4 é útil, 3 é assim-assim, 2 é pouco útil e 1 é nada útil. Duarte Marques conduziu a votação se não se importar.
Duarte Marques: (votação)
Carlos Coelho: Já está concluído Duarte? Muito bem! Tenho mais 4 cosias para dizer. Não se livram de mim assim tão cedo. 1º nós tomámos uma decisão consciente ao sugerir que vocês fizessem a divulgação dos vossos vídeos. Porque queríamos também avaliar a capacidade de utilizarem o marketing viral e de penetrarem nas redes. E devo dizer que fizeram isso com muito sucesso. Vocês todos rapidamente demonstrando que dominam essas tecnologias muito bem, proliferaram pelas redes sociais, começaram a enviar mensagens que eu tenho recebido com regularidade. Tudo o que tem uma componente positiva e acho que isso para os vossos colegas que estavam menos habituados a utilizar essas tecnologias é uma formação complementar boa. Pelos menos saem todos desta Universidade Verão claramente a saber utilizar essas tecnologias e isso em política hoje é muito importante. Particularmente na vossa geração. Dizem todos os dados, e o Rodrigo recordou isso, que a malta da vossa idade não lê jornais, mas vai à internet. Portanto temos que saber comunicar pelas vias necessárias para chegar aos nossos eleitores. Evidentemente que tudo tem uma parte positiva e uma parte negativa. Há um conjunto de pessoas que não gosta de nós que estão neste momento a entupir o Twitter, fazendo sarcasmo sobre os vossos vídeos, dizendo que é isto que a Universidade Verão tem a oferecer ao país era melhor que não o fizesse. O que eu queria sugerir era que vocês sem entrar num registo de conflito nem num registo de despeito, porque isso é abrir o flanco, convidassem os vossos amigos a comentar positivamente o trabalho que fizeram. Recordando bem, que isto foi um trabalho feito em grupo, por pessoas que não estão habituadas a produzir vídeos, não são profissionais, sem meios tecnologicamente evoluídos para o fazerem. A maior parte das filmagens foram feitas por telemóvel e num curtíssimo espaço de tempo. Portanto creio que conviria repor a verdade nas redes sociais, dizendo o que é que se trata. Trata-se de um ensaio, trata-se de um trabalho de grupo com interesse pedagógico feito no contexto da Universidade, com estas condicionantes. Quero-vos pedir, por mais que se sintam atacados na vossa dignidade por alguns comentários mais ásperos. Que não reajam na mesma moeda, ou no mesmo registo. Porque isso seria pior. Seria dizer que todos nós somos uma cambada de garotos mal-educados a entrar num despique que eu acho que não é bom e sobretudo não é bom para nós. 2º vão votar, têm os boletins de voto. Têm aí os grupos. Gostaria de recordar. Provavelmente todos se recordam.
O grupo amarelo – Educação Lamentável – teve o vídeo sobre a educação.
O grupo azul – Vai a jogo! Vota! – era o grupo que tinha aquele sketch do paralizado. Em frente à baliza.
O grupo bege – A decisão – era uma jovem, uma rapariga que estava sempre a fazer aquilo que os outros mandam e que a determinada altura se liberta e vota.
O grupo castanho – sobre os NúmerusClausulos – … era aquele sobre o desemprego e as vagas do ensino superior.
O grupo cinzento – Acorda e vota – era aquele que tinha o Hitler o Mussolini e o jovem adormecia, ou nas palavras de Nuno Carmo tinha hábitos higiénicos invulgares.(risos)
O grupo encarnado – Jovens rumo ao interior – tem o Alentejano a falar.
O grupo laranja – Ver, não remediar e não ver – é aquele que tem os jovens no sofá a ver televisão.
O grupo rosa – Círculos uninominais – é aquele que tem a Assembleia da República com as caras todas do pessoal. Que foram atacadas por só quererem o tacho.
O grupo roxo – Sê mudança – que tem as vacas e as ovelhas. E o cão. E o Sócrates. (risos)
E o grupo verde – O Portugal unido – é aquele que tem… fala da tua região e tem os problemas todos das regiões.
Bem! Portanto estes são os vídeos que vocês viram. Esqueçam as apresentações. As apresentações interessavam para nós, para ver as estratégias que usaram na comunicação. Concentrem-se no vídeo. Concentrem-se no vídeo. E o vídeo é um misto de mensagem é um misto de realização. Mas quer dizer, a pergunta é: que nota que dariam a esse vídeo. E peço… de 5 a 1: 5 muito bom, 4 bom,… e peço que não cedam às represálias. Vocês não gostaram que um grupo dissesse mal do vosso vídeo, não faz sentido agora dizer “porque disseram isso vamos castigá-los no vídeo deles”. Isto não tem interesse nenhum. Tem interesse paratermos a ideia de qual é a vossa percepção e se corresponde ou não à nossa, qual foi o melhor vídeo e qual foi o pior e portanto sejam sérios nessa votação. Finalmente eu queria pedir a todos os membros do staff para termos uma reunião aqui às 19h e pedia a alguém, talvez à Vera que assegurasse que a mensagem chegue a todos. Ter uma reunião geral do staff às 19h nesta sala e encontramo-nos às 17h30 os 57 participantes que se inscreveram para a visita a Castelo de Vide mais aqueles que não se inscreveram, mas entretanto se arrependeram de não se terem inscrito, vamo-nos encontrar às 17h30 aqui em frente ao hotel e iniciamos a visita aqui a partir do hotel. Não se esqueçam de votar à saída, muito obrigado e até já.