Carlos Coelho apresenta Santana Lopes e lança o   primeiro desafio, instando o nosso orador a manifestar-se sobre a preparação do   povo português para apreender a mensagem de mudança que Manuela Ferreira Leite e   Pedro Santana Lopes simbolizam para os governos da República e da Câmara   Municipal de Lisboa. Santana Lopes foi categórico ao dizer que as diferenças   estão bem firmadas, que não restam dúvidas que há escolhas claras a fazer nas   eleições que se avizinham, e que se espera dos "social-democratas que façam   depois das eleições aquilo que prometeram antes". "Aquilo que é essencial é   gerir bem e colocar a coisa pública ao serviço das pessoas". 
Posto isto, entrámos no tema poder local, em   particular a questão de Lisboa. "A nossa democracia está imperfeita. Está cada   vez mais imperfeita e tem continuado a degradar-se nos últimos anos." Diz-nos   que as pessoas sabem distinguir entre quem se entrega a uma causa e quem vai   para uma câmara para fazer um favor ao partido. Paral além disso, esse facto   também se reflecte no trabalho e gestão da cidade. "Um Presidente de Câmara tem   de ter paixão para fazer o que faz". 
"Juntamente com a requalificação dos bairros   sociais, o repovoamento da cidade é a prioridade primeira". Questionado sobre o   trabalho de António Costa, responde que "nós não atiramos fora o trabalho feito   pelos nossos antecessores. Nós respeitamos o seu trabalho e tentamos aproveitar   aquilo que está feito". "Volto porque tenho um projecto em que acredito, que   ninguém terminou, e acredito que ele é bom para Lisboa". "Espero que em 2020,   Lisboa seja uma cidade europeia. Com isto quero dizer que espero que seja uma   cidade equilibrada, bonita, em que aproveitemos as águas da chuva, painéis   solares, com edificação energeticamente auto-sustentável, com espaços verdes em   cada bairro, sem barreiras arquitectónicas para que o cidadão com dificuldades   motoras não se veja impedido de entrar em casa, integrada na Rede Área   Metropolitana de Transportes".
Pedro Santana Lopes deixou muitos conselhos à   academia. Desses destacamos: "é um caminho curto fazer política com base em   gestos fáceis"; "há várias formas de terrorismo, e levar as pessoas a deixarem   de acreditar na acção política é uma forma de terrorismo"; "o segredo da   sobrevivênica é nunca nos impressionarmos com os tempos de sucesso (...) quando   virem pessoas a admirarem-vos muito, não liguem. Passa-lhes num instante"; "a   vida são vitórias e derrotas. quem pensa que ganha sempre está iludido; quem   pensa que perde sempre, precisa de ajuda porque está enganado".